Os índices dos eventos de suicídio vêm progressivamente aumentando por todo o mundo, demandando de entes públicos a tomada de decisões quanto à implementação de medidas efetivas para coibi-los. As políticas públicas tradicionalmente utilizadas, como a inserção de barreiras físicas em hotspots ou a promoção de campanhas de conscientização, não costumam apresentar resultados satisfatórios, apesar do alto custo de implementação. Tendo em vista este contexto, pretende-se neste artigo promover uma via alternativa de intervenção. Para isto, primeiro debatemos a via do nudging, sua forma de operação e o paternalismo de Estado; segundo, debruçamo-nos sobre os elementos concretos do fenômeno, realizando análises e cruzamentos de dados do Ministério da Saúde do Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, bem como se utilizando de estudos específicos nacionais e estrangeiros para a identificação de características e padrões dos eventos suicidas; em seguida, debatemos as experiências estrangeiras no desenvolvimento e aplicação de políticas públicas em seu enfrentamento. Com estas informações, discutimos medidas em forma de nudges para a gestão do fenômeno do suicídio, com a pretensão de promover o método e incentivar novas propostas de políticas públicas para este e outros problemas na esfera da gestão pública.
Parece inescapável afirmar que esta tese não teria sido possível sem o concurso de uma série de pessoas e de instituições. Quiçá a frase seja tão recorrente por se tratar da mais límpida e incontornável verdade. Seguramente sem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em parceria com o Deustcher Akademischer Austausch Dienst (DAAD), consubstanciado em bolsa de estágio de doutorando, não se poderia ter pesquisado nas bibliotecas, nomeadamente a da Faculdade de Direito da Humboldt Universität zu Berlin, nela inclusa o acervo particular de Franz von Lizst, a Staatsbibliothek de Berlim, a do Ibero-Amerikanisches Institut e do Max-Planck Institut für ausländisches und internationales Strafrecht und Kriminologie, em Freiburg. De igual modo, muitos dos nós não teriam sido desatados sem a próxima, dedicada e atenciosa orientação do Prof. Alvino Augusto de Sá. Em raro momento em que a língua alemã supera a portuguesa em beleza, tenho-o como verdadeiro Doktorvater, vocábulo empregado para designar o orientador, mas cuja tradução literal é pai do doutor. Igualmente, sem as contribuições dos Profs. Yves de La Taille, Sergio Salomão Shecaira e Renato de Mello Jorge Silveira, as dificuldades teóricas teriam obstado o resultado final. Pelas criticas e sugestões na Alemanha, de se agredecer ao Prof. Bernd Heinrich, tutor da pesquisa executada junto à
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