O reconhecimento da firma como conjunto de recursos produtivos passíveis de serem recombinados tem sido, em uma perspectiva evolucionária, importante referência para o entendimento dos fenômenos de crescimento e competitividade empresarial. Nessa abordagem, a competitividade da firma é considerada resultado da sua capacidade de se adaptar a um ambiente incerto e cambiante. O reconhecimento desse ambiente baseia-se, por sua vez, na subjetividade da imagem que se forma na mente do empresário acerca das possibilidades e dos obstáculos de crescimento do negócio. É baseado nessa imagem, ou na sua capacidade de interpretação do ambiente, que o empresário toma decisões no sentido de coordenar os recursos capazes de concretizar as suas expectativas. O objetivo deste trabalho é discutir a interpretação e a coordenação como atividades econômicas intrinsecamente relacionais, nas quais a intersubjetividade atua como fator limitante e potencializador da racionalidade dos agentes.
Resumo: Este trabalho analisa, à luz da lei geral da acumulação capitalista e de outros desenvolvimentos teóricos de Marx, os argumentos da teoria de crise baseada na escassez de força de trabalho. Na primeira seção apresentam-se os três argumentos de Marx acerca da relação entre a acumulação e o movimento dos salários: (i) supondo que a composição do capital não varie, então, o ritmo da acumulação regulará o movimento dos salários; (ii) supondo que o aumento da composição do capital seja expressão dominante no capitalismo, o exército industrial de reserva será o mecanismo regulador dos salários; (iii) a natureza cíclica de formação da superpopulação relativa. Na segunda seção, apresentam-se os argumentos da teoria de crise baseada na escassez de força de trabalho, cujo ponto central é a manutenção constante da composição do capital na fase da prosperidade de modo a exaurir o exército industrial de reserva provocando o aumento dos salários, a queda da lucratividade e, por fim, a crise. Na última seção apresenta-se a crítica a este tipo de explicação para crise baseando-se em quatro pontos: (i) as indicações metodológicas deixadas por Marx acerca do estudo das crises econômicas; (ii) o trato inadequado dos conceitos de concreto e abstrato; (iii) a relação entre a concorrência e a composição do capital; (iv) a noção de exército industrial de reserva. Palavras-chave: acumulação de capital; crise; escassez de força de trabalho.
Este artigo teve por objetivo descrever o processo de criação de Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística (NVE) dos agrotóxicos autorizados no Brasil, enquadrados no capítulo 29 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), intitulado “Produtos químicos orgânicos”. O trabalho foi desenvolvido no intuito de (1) reduzir a falta de clareza decorrente da excessiva agregação da NCM; (2) aumentar o controle legal de entrada e saída de ingredientes ativos (IA) do Brasil; e (3) criar bases de dados e de estatísticas para a implementação de sistema de inteligência regulatória para agrotóxicos. Foram criadas NVE para 345 IA empregados na fabricação de agrotóxicos e contemplados exclusivamente em 459 monografias elaboradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Utilizou-se para a criação das NVE de IA voltados à produção de agrotóxicos, o mesmo atributo empregado para IA de produtos farmacêuticos. Foram utilizados, em ambos os casos, o número do Chemical Abstracts Service (CAS), seguido pela denominação da International Organization for Standardization (ISO), ou Denominação Comum Brasileira (DCB), aprovadas pelo Ministério da Saúde. A criação das NVE evidenciou o caráter incipiente do controle estatístico de entrada de agrotóxicos no Brasil mediante importação. Dos mais de 400 IA que originam produtos técnicos (PT) e formulados (PF) de agrotóxicos, apenas 19 tinham seu controle estatístico efetuado (descrição exata por meio de NCM de 8 dígitos), o que equivale a 4% do total de ingredientes ativos avaliados.
Este artigo tem como objetivo analisar o processo de reprodução do capital social a fim de identificar em quais pontos deste processo as possibilidades de crise estão inscritas. Trata-se de uma análise teórica acerca das crises econômicas que resgata o método de investigação de Marx tomando como instrumental de análise o conceito de contradição. Primeiro, apresenta-se uma revisão do significado do termo contradição nas obras de Marx e em especial nos trechos em que o autor se ocupa da análise das possibilidades de crise. Em seguida utilizam-se os esquemas da reprodução de Marx a fim de identificar os pontos nos quais contradições existentes colocam possibilidades de crise inscritas na reprodução do capital social. Assim, conclui-se que o entendimento das crises concretas, portanto, reais, requerem diversas mediações, as quais não estão contempladas nos esquemas de reprodução dada sua natureza abstrata.
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