RESUMODefendemos a tese de que, na atual fase de maturação do campo epidemiológico, uma reavaliação do conceito de risco é necessária. Inicialmente, discutimos os fundamentos das categorias causalidade e contingência a partir da obra de dois filósofos, Aristóteles e Pascal. Em segundo lugar, recuperando algumas reflexões anteriores sobre as bases lógicas do conceito de risco, discutimos criticamente sua adequação e eficácia explicativa frente ao objeto saúde-doença. Em terceiro lugar, apresentamos brevemente categorias e conceitos fundantes do paradigma da complexidade, capazes de dar conta dos fenômenos da emergência, não-linearidade e borrosidade relacionados aos novos objetos complexos e mutantes da saúde. Concluímos com alguns comentários e reflexões ainda preliminares sobre fundamentos, perspectivas e conseqüências da aplicação da modalidade "contingência" como alternativa à noção de determinação no campo da saúde, a fim de visualizar o futuro do conceito de risco para além da área temática (científica e tecnológica) da Epidemiologia contemporânea.
Currículo; -Saúde. RESUMO Esta série de artigos aborda diretrizes, estrutura curricular e estratégias pedagógicas de um novo modelo de curso de Medicina proposto pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Este artigo inicial apresentao Bacharelado Interdisciplinar em Saúde como primeiro ciclo para a formação médica. Em primeiro lugar, avaliam-se resultados de uma prospecção de modelos avançados de formação médica no cenário internacional e o potencial de sua aplicação à realidade da educação médica brasileira. Em segundo lugar, descrevem-se a estrutura e o funcionamento do Bacharelado Interdisciplinar como formação geral em Artes, Saúde, Humanidades e Ciências. Em terceiro lugar, discute-se o BI-Saúde como formação específica, com especial atenção para o conceito de Área de Concentração, que pode funcionar como etapa propedêutica para o curso médico em regime de ciclos. Finalmente, avalia-se a formação em Saúde no primeiro ciclo como oportunidade de uma escolha vocacional mais madura, aprendizagem para o trabalho em equipe, atualização científica e prática, uso consciente e crítico de tecnologias de cuidado em saúde, com base em valores éticos, políticos e humanísticos.ABSTRACT This series of papers discusses guidelines, curriculum and pedagogical strategies of a new medical education model implemented by the Federal University of Southern Bahia (UFSB). This opening article is aimed at introducing the Interdisciplinary Bachelorin Health as a first-cycle degree for medical training. First, a survey of advanced medical education models in the international arena is presented in order to evaluate their potential application to Brazilian higher education. Secondly, the structure and functioning of the Interdisciplinary First Cycle Degreeis described in terms of general education in the Arts, Health, Humanities and Sciences. Thirdly, emphasizing the concept of Area of Concentration, the Interdisciplinary Bachelor is discussed as a specifictrainingprogram and preparatory step for the 2-cycle medicine course. Finally, first cycle training in health care is analyzed as an opportunity to ensure more mature vocational choices, active learning, teamwork,up-to-date scientific and practical knowledge, and the conscious and critical use of health care technologies, based on ethical, political and humanistic values.
Contemporary techno-scientific and medical developments are restructuring social interactions and the very processes by which individual subjectivity is formed. This essay elaborates on the experiential and ethical impact of such transformations from the perspective of people who, in ordinary and unexpected ways, act science and technology out. We carried out ethnographic research in an HIV/AIDS Testing and Counseling Center (CTA) in northeastern Brazil, combining participant observation with epidemiological analyses and clinical survey. We found a high demand for free testing by low-risk clients, largely working and middle class, experiencing anxiety and complaining of AIDS-like symptoms. Most of the clients were sero-negative and many returned for a second and third testing. We understand this to be a new techno-cultural phenomenon and call it imaginary AIDS. Throughout this essay, we describe CTA's routine practices, place these practices in historical, political, economic and cross-cultural perspective, and analyze the subjective data we collected from the clients of our pilot study. We explore how clinical epidemiological expertise and HIV testing technology are integrated into new forms of bio-politics aimed at specific marketable and disease-free populations, and on the affective absorption of bio-technical truth and the engendering of a technoneurosis in this testing center.
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