A expansão na utilização de agrotóxicos ocorre devido à inserção de novas tecnologias que visam promover o aumento nas taxas de produtividade no meio rural combatendo pragas que comprometem a produção agrícola, sendo a exposição ocupacional cada vez mais exacerbada, podendo provocar intoxicações agudas aos agricultores. Objetivou-se avaliar o nível de conhecimento dos agricultores familiares em relação ao uso de agrotóxico a partir de um estudo transversal com aplicação de formulário semiestruturado, apresentando 31 entrevistas realizadas no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) do município de Vitória da Conquista - BA, em 2017, com agricultores familiares, constatando que os grupos populacionais mais vulneráveis à exposição ocupacional por agrotóxicos são as mulheres e idosos e que a baixa escolaridade influencia na compreensão das informações contidas nos rótulos das embalagens dos produtos; a maioria considera que a substância química é perigosa para a saúde humana, no entanto, os que utilizam agrotóxicos informaram o não uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIS's). Este trabalho apresentou resultados relevantes, destacando vários problemas ainda persistentes no campo em relação ao nível de conhecimento de agricultores familiares em relação ao uso de agrotóxicos, sendo esta pesquisa, base para planejamento de estudos futuros mais amplos nessa temática.
A Bahia é um grande produtor da manga ‘Tommy Atkins’, um fruto climatério que apresenta respiração celular intensa, o que aumenta a sua velocidade de deterioração, necessitando de estratégias para prolongar seu tempo de prateleira. No presente trabalho, mangas ‘Tommy Atkins’ foram imersas em revestimentos comestíveis elaborados a partir da mucilagem da palma com adição de óleo essencial de alecrim e glicerina e avaliadas durante 15 dias. As análises físicas envolveram perda de massa, índice de coloração da casca e da polpa, incidência de manchas e podridões e caracterização físico-química. Análises microbiológicas foram realizadas no tempo inicial e final. Os resultados mostraram que houve variação nos parâmetros avaliados entre tempo inicial e final, acompanhados da diminuição da acidez titulável e do aumento dos teores de sólidos solúveis totais e pH. A perda da massa fresca foi observada ao longo do estudo. Quanto à incidência de manchas e podridões, os achados foram semelhantes entre os tratamentos, com exceção do tratamento 4 (Mucilagem + 0,5 % de óleo de alecrim + 1,0 % de glicerina) que foi a menos afetada, não chegando a mais de 45% dos frutos afetados. Os resultados apontam a influência dos recobrimentos na qualidade pós-colheita e conservação das mangas ‘Tommy Atkins’.
O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda Cam.) é uma espécie nativa da região Nordeste do Brasil, adaptado às condições de estresse hídrico, de grande importância econômica e social para o Semiárido. Os frutos são explorados comercialmente para consumo in natura ou industrializado, com grande geração de resíduos. Objetivou-se produzir uma farinha de casca de umbu, avaliando seu potencial nutricional e funcional. As cascas de umbu foram secas em estufa a 60°C até o ponto de quebra. Foi realizada a caracterização físico-química e química e determinado o teor de compostos bioativos (carotenoides, clorofila, flavonoides amarelos, antocianinas e vitamina C) das cascas de umbu e da farinha obtida. Nas cascas de umbu in natura, destacaram-se os teores de fenólicos totais (66,09 ± 7,96 mg.100 g-1) e de vitamina C (20,05 ± 1,41mg100 g-1). Na farinha, os resultados mostraram alto teor de açúcares redutores (84,22 ± 4,22%) e baixa concentração de lipídeos totais (0,71 ± 0,17%), ressaltando-se também o teor de cinzas (3,76 ± 0,04%). Em relação aos compostos bioativos estudados na farinha, destacaram-se os teores de vitamina C (37,65 ± 0,53 mg.100g-1) e de fenólicos totais (138,54 ± 12,22 mg.100 g-1). As cascas de umbu e sua farinha apresentaram relevante composição nutricional e presença de constituintes bioativos importantes, e o baixo custo de obtenção da farinha aponta para a possibilidade de seu uso como ingrediente para novos produtos alimentícios, viabilizando a utilização de um resíduo, agregando valor e reduzindo o impacto ambiental do descarte, além de gerar renda adicional aos produtores.
RESUMO -Este trabalho teve como finalidade o reaproveitamento do caldo oriundo da desidratação osmótica da casca de jabuticaba (Myrciaria cauliflora), visando-se produzir um fermentado alcoólico e analisar a cinética de fermentação para a sua produção. A fermentação foi conduzida em biorreator de 5L a temperatura de 30°C, com agitação e controle automático de pH. Foram realizadas duas bateladas e durante o processo, amostras foram coletadas em intervalos de tempos estabelecidos, a fim de acompanhar a cinética de processo. As fermentações apresentaram comportamentos similares com duração de 52 h para a fermentação 1 e 52,75 h para a fermentação 2. Os parâmetros analisados apresentaram comportamento semelhante a outros fermentados publicados na literatura.
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