Este trabalho tem como propósito analisar o modo pelo qual a disciplina Canto Coral se configurou no currículo da escola portuguesa, durante o regime da Primeira República. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, respaldada nos presupostos teóricos da Cultura Escolar. Foi através do Decreto n.º 4650, de 14 de julho de 1918, que a disciplina Canto Coral passou a fazer parte do currículo dos Liceus. Oobjetivo era contribuir para a educação da voz, do sentimento estético e, especialmente, para o desenvolvimento do nacionalismo. O mesmo Decreto que criou a disciplina Canto Coral estabelecia, também, a criação de um Orfeão nos estabelecimentos de ensino. Os Orfeões se tornaram veículos de difusão das ideias republicanas. Sua função primeira, não era atribuir um papel educativo à disciplina Canto Coral, na formação dos escolares, mas, propagar a ideologia do governo vigente.
Este artigo tem como objetivo investigar as práticas educativas do Corufs no período de 1970 a 1990. Trata-se, então, de uma pesquisa de caráter histórico documental cujo produto, a fonte escrita, é a nossa matéria-prima. As fontes foram analisadas com base em Le Goff (1984), historiador que nos aconselha a desmistificá-las. No decorrer dos seus 47 anos de vida, o Corufs vem executando um repertório que abrange os gêneros erudito e “popular”, sendo que nas duas primeiras décadas de atuação, suas apresentações se deram nos âmbitos local, nacional e internacional. Assim, apesar de os documentos informarem que a música brasileira teria lugar garantido, no repertório, percebemos que, nos folders, a música erudita europeia ocupou o principal lugar.
Este artigo objetiva apresentar e analisar alguns aspectos das histórias dos conservatórios brasileiros de canto orfeônico, instituições responsáveis pela formação, em nível superior, do professorado de música das escolas públicas e particulares. A pesquisa, de caráter histórico, bibliográfico e oral, está ancorada nos conceitos de ‘instituições educativas’ e ‘currículo’. As trajetórias dessas escolas se apresentaram, por um lado, de forma diversificada e, por outro, denotaram o controle do Estado ante as diretrizes nacionais, tanto na formação do(as) docentes quanto na organização dos conteúdos programáticos da disciplina canto orfeônico. A investigação destaca a importância e o pioneirismo dessas instituições no processo de formação dos primeiros docentes de música voltados ao ensino da educação musical escolar no Brasil. Os percursos históricos de alguns conservatórios evidenciaram silêncios e ausência de produção acadêmica, apesar dos esforços de pesquisadores na publicização de trabalhos acadêmicos em eventos no país.
A Deus, por ter me concedido forças para suportar os enfados da investigação e, também, por ter me ajudado a concluir esta investigação. Ao Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Fund) e ao Programabolsa da Fundação Carlos Chagas, pela concessão da bolsa de estudos. Expresso o meu agradecimento a essas duas instituiçõesparceirasque me concederam uma bolsa e me acompanharam desde o período pré-acadêmico até a conclusão do curso. Ressalto ainda que, se não obtivesse o auxílio e acompanhamento dessas duas instituições, o ingresso na Pós-Graduação teria sido mais difícil. À minha esposa, filhas e família que me apoiaram nessa caminhada e, mesmo sentindo minha falta, torceram por mim. A todos os meus parentes: irmãs, irmãos, cunhados, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas e primo, pois sei que torceram por mim durante o tempo em que estive ausente. À professora doutora Cynthia Pereira de Sousa, minha orientadora, por ter me ajudado a ampliar o meu olhar sobre o objeto de pesquisa. Nas suas orientações, demonstrou ser uma pesquisadora habilidosa, exigente, experiente, generosa e sensível. À professora doutora Anamaria Bueno, por vários motivos: por ter me introduzido na pesquisa acadêmica; por ter me orientado na produção do primeiro projeto de pesquisa; por ter aceitado o convite da Fundação Carlos Chagas para ser minha orientadora pré-acadêmica e por ter acreditado em mim. À minha orientadora do mestrado sanduíche realizado em Portugal, professora doutora Margarida Felgueiras, pela acolhida, amizade e acompanhamento nos arquivos das cidades do Porto e Lisboa. Ao professor doutor Bruno Bontempi por ter aceitado o convite para participar da Banca de Qualificação. Suas sugestões e críticas foram fundamentais para que eu pudesse repensar o meu objeto de pesquisa. À professora doutora Josefa Eliana Souza, da UFS, pela indicação e empréstimo de algumas referências bibliográficas e por ter se colocado à disposição para ouvir os relatos das descobertas da minha investigação. Aos funcionários dos arquivos e bibliotecas onde pesquisei: SOFISE, IHGS, Museu Villa-Lobos, Bibliotecas da USP, Biblioteca da UFS, Biblioteca da UNIT, Memorial de Sergipe, Escola Normal de Aracaju. A todos os entrevistados desta pesquisa. Seus depoimentos deram o tom consonante e dissonante das análises deste trabalho. Aos colegas da FEUSPe Patrícia. As trocas de experiências e os momentos vivenciados me deram forças para continuar nessa empreitada. À minha primeira amiga da FEUSP, Daniela Portela. Suas conquistas são frutos da sua personalidade: corajosa, decisiva e resistente. Características comuns do seu segmento étnico. Ao Pastor Edson, sua esposa Lindaura e suas filhas, Yasmin e Yndiara, pela hospedagem que me concederam durante os quinze dias que antecederam o início das aulas do mestrado na FEUSP. Agradeço a vocês pela amizade, hospitalidade, companheirismo e generosidade. Ao Sr. José e sua esposa, Srª. Célia, por ter me alugado um dos quartos da sua residência, Palavras-chave: educação musical esc...
Este artigo objetiva apresentar e analisar alguns aspectos das histórias dos conservatórios brasileiros de canto orfeônico, instituições responsáveis pela formação, em nível superior, do professorado de música das escolas públicas e particulares. A pesquisa, de caráter histórico, bibliográfico e oral, está ancorada nos conceitos de ‘instituições educativas’ e ‘currículo’. As trajetórias dessas escolas se apresentaram, por um lado, de forma diversificada e, por outro, denotaram o controle do Estado ante as diretrizes nacionais, tanto na formação do(as) docentes quanto na organização dos conteúdos programáticos da disciplina canto orfeônico. A investigação destaca a importância e o pioneirismo dessas instituições no processo de formação dos primeiros docentes de música voltados ao ensino da educação musical escolar no Brasil. Os percursos históricos de alguns conservatórios evidenciaram silêncios e ausência de produção acadêmica, apesar dos esforços de pesquisadores na publicização de trabalhos acadêmicos em eventos no país.
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