Esse artigo tem como objetivo analisar os conteúdos das cartilhas Viver é Lutar e Mutirão, criadas em 1963 e 1965, respectivamente, averiguando como o período histórico influenciaram no modo em que essas cartilhas foram escritas. O Movimento de Educação de Base (MEB) foi criado em 1961 com a proposta de alfabetizar jovens e adultos das áreas rurais. Como suporte, o MEB utilizava as cartilhas para auxiliar no processo de ensino e politização dos alunos, já que através das investigações de mundo, era possível perceber a necessidade de tomada de consciência crítica dos homens e mulheres por meio da problematização da sociedade. No que se refere à metodologia utilizada nesta produção, destacamos que nos ancoramos na pesquisa histórico-documental, tendo como fontes principais as cartilhas citadas. Como aporte teórico, nos baseamos nos escritos de Freire (1967) e Fávero (1983), que são as principais bases desta pesquisa. Como resultados principais, destacamos que foi possível concluir que as cartilhas tiveram sua devida importância no período em que foram escritas, sendo reflexo histórico das necessidades da sociedade nos anos de 1960 ao serem utilizadas como instrumentos de ensino e politização dos atores envolvidos.
Este artigo tem como objetivo compreender como se dava a preparação dos professores de primeiras letras na província de Sergipe entre os anos de 1827 e 1879, especialmente após a criação e implantação do Atheneu Sergipense e do Curso Normal, a partir de 1870. Os marcos temporais demarcados fazem referência à Lei de 15 de outubro de 1827, extinção da escola normal e incorporação dela ao Atheneu Sergipense. Faz-se, então, necessário que os estudos sobre a configuração da profissão docente considerem a lei como fonte. As categorias analíticas de Pierre Bourdieu (1996) e Norbert Elias (1990, 2001) ajudaram a compreender como se configurou a profissão docente no âmbito do ensino primário e de que forma se constituiu o habitus profissional pensado para o projeto de constituição de nação para o Brasil, dentro de um processo civilizador. É possível afirmar que a profissão docente se configurou em meio a avanços e retrocessos, permeados por tentativas de organização do ensino primário através da legislação. A criação da Escola Normal surgiu como uma ação que traria padronização aos saberes a serem ensinados, pois, à medida em que a importância de se configurar a profissão tornou-se crescente e premente, houve a necessidade de deixar a formação pela prática e implementar a formação institucionalizada na Escola Normal.
Resumo:As pesquisas que refletem sobre os modelos educacionais abordados nos jornais do século XIX contribuem para a construção da História da Educação, pois elas contêm aspectos educacionais que nos permitem entender o contexto atual nesse campo. Nesse ínterim, o presente artigo busca refletir acerca dos agentes participantes dos jornais, destacando Justiniano de Mello e Silva, bem como apresentar a contribuição da imprensa periódica nesse período para as pesquisas em História da Educação. Homens de letras, os redatores da imprensa do século XIX, ao disporem de certo domínio com as palavras, redigiram textos que ultrapassaram a temática da política. Esta pesquisa está inserida no campo referido e, para alcançarmos o objetivo, empregamos o método de levantamento e análise de fontes documentais e bibliográ-ficas, as quais consistiram no jornal "Sete de Março" e em trabalhos que pesquisam sobre redatores, imprensa e educação. Esta metodologia consiste na organização dos documentos a fim de elaborar um mapeamento dos conteúdos. Palavras-chave:Educação; Imprensa; Jornal Sete de Março; Redatores; Sociabilidade. TEACHERS, WRITERS AND POLITICIANS: THE PLACE OF JUSTINIANO DE MELLO E SILVA IN THE PERIODICAL PRESS OF THE NINETEENTH CENTURYAbstract: The studies that reflect on the educational models covered in the newspapers of the nineteenth century contribue to the construction of the History of Educa-
Este trabalho tem como propósito analisar o modo pelo qual a disciplina Canto Coral se configurou no currículo da escola portuguesa, durante o regime da Primeira República. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, respaldada nos presupostos teóricos da Cultura Escolar. Foi através do Decreto n.º 4650, de 14 de julho de 1918, que a disciplina Canto Coral passou a fazer parte do currículo dos Liceus. Oobjetivo era contribuir para a educação da voz, do sentimento estético e, especialmente, para o desenvolvimento do nacionalismo. O mesmo Decreto que criou a disciplina Canto Coral estabelecia, também, a criação de um Orfeão nos estabelecimentos de ensino. Os Orfeões se tornaram veículos de difusão das ideias republicanas. Sua função primeira, não era atribuir um papel educativo à disciplina Canto Coral, na formação dos escolares, mas, propagar a ideologia do governo vigente.
O objetivo deste trabalho é apresentar algumas questões iniciais sobre o processo de organização da instrução secundária na província da Parahyba do Norte, entre os anos de 1836 a 1846, tendo como objeto de análise os Estatutos do Lyceu Provincial da Parahyba do Norte publicados em 1846. O corpus documental inclui, além dos citados estatutos, a documentação levantada pelo Grupo de Pesquisa de História da Educação no Nordeste Oitocentista, da Universidade Federal da Paraíba, no Arquivo Público do Estado da Paraíba. A análise dHistoria dao processo de normatização da instrução secundária no XIX, na supracitada Província, baseou-se nos referenciais teóricos da História Cultural (BURKE, 1992), da História das instituições (MAGALHÂES, 1998/1999) e da cultura escolar (JULIA, 2001). A História das instituições tem tomado fôlego no contexto dos estudos de História da Educação no Brasil, inserindo-se em um processo de renovação na área e constituindo-se como um novo campo temático da historiografia da educação brasileira.
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