Às pessoas que participaram desta caminhada dedico este trabalho. Sintam-se todas lembradas. Agradeço de todo o coração às catadoras e catadores da Coopere, com quem convivi de muito perto ao longo da pesquisa de campo e que jamais serão esquecidos. Gostaria que este trabalho estivesse à altura de vocês. À minha orientadora, professora Maria Clara, que acreditou em mim, dando-me a oportunidade de estudar em uma instituição de qualidade como a USP. Muito obrigada pela orientação acadêmica e pela sensibilidade com minhas questões pessoais. Aproveito para estender o agradecimento aos demais professores da FEUSP que
Resumo: Considerando a profi ssão de catador bastante emblemática para discutirmos a respeito do tema "hábitos de consumo" e suas diversas facetas (ambientais, sociais, políticas, educacionais), procuramos conhecer o que os catadores de uma determinada cooperativa de reciclagem pensam sobre consumo: como e o que consomem, como gastam o que recebem com a reciclagem de materiais, o que consideram essencial e o que consideram desnecessário em termos de consumo. A pesquisa consistiu em ouvir a opinião dos indivíduos em dois momentos: em entrevistas individuais e em uma discussão em grupo. Participaram 34 catadores da cooperativa Coopere-Centro, localizada em São Paulo. Percebemos com esta pesquisa que não há como falar de "catador" de forma homogênea, pois o grupo dos catadores é tão diversifi cado quanto numeroso. A pesquisa mostrou que, diante da oportunidade de terem uma renda mensal garantida pelo trabalho na reciclagem, os catadores adotam comportamentos distintos. Por isso, concluímos que o processo de (re)inclusão social não é instantâneo nem linear: cada indivíduo tem seu tempo e sua maneira de desenvolver habilidades sociais, sendo o consumo ou a forma como administra o dinheiro uma delas. A reciclagem, por fi m, não é a última etapa do processo produtivo. Para os catadores, ela representa, muitas vezes, o início, o ponto de partida para uma série de conquistas, destacando-se a reconstrução da sua dignidade.Palavras-chave: Grupo focal. Técnicas de entrevista. Discurso. Consumo. Catadores de materiais recicláveis.Abstract: All individuals regardless of their place in society are exposed and are infl uenced in many different forms and varying degrees of intensity by consumption patterns. Considering the profession of recyclers quite emblematic for discussing this issue and its various aspects (environmental, social, political, educational), there has been an attempt to know what the recyclers think about consumption: how and what they consume, how they spend their money, what they consider essential and what it is unnecessary for them. The purpose of the research was to hear the opinion of individuals in two phases: during individual interviews and in a group discussion. 34 recyclers from the cooperative Coopere, located in the centre of Sao Paulo participated in the study. The research showed that there is no singular discourse among recyclers, because this is a large and diverse group. The research has shown that given the opportunity of a fi xed monthly income by working in recycling, the workers act very differently from each other. Therefore, it was concluded that the process of (re) inclusion is neither instantaneous, nor linear: each individual has his/her own way of developing social skills, and behaves differently towards consumption patterns as well as in managing money. Recycling is not the last step of the * Graduado em História pela USP. Doutorando em Educação pela USP.
LinhasA obra Universidade, memória e patrimônio é uma coletânea composta por oito textos, em sua maioria apresentados durante dois seminários promovidos pelo Centro de Pesquisa, Memória e Documentação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG), nos anos de 2013 e 2014, organizada por Adalson Nascimento e Andrea Moreno. O livro reúne artigos que convergem no sentido de pensar a Universidade em sua relação com a preservação do patrimônio e da memória. Os textos revelam a heterogeneidade e a complexidade do material produzido ou pertencente à UFMG, e que se encontra em arquivos, acervos, museus, centros de documentação e memória, distribuídos em diversos setores da universidade. Discutem também dificuldades, formas de organização e "redes" que foram sendo criadas para fomentar, operacionalizar e otimizar o trabalho de salvaguarda de documentos institucionais. Abrindo a coletânea com o texto Museus e coleções universitárias, a historiadoraLetícia Julião reflete sobre o fato de as universidades serem um lócus privilegiado e historicamente constituído de formação desses espaços e acervos, uma vez que são ligadas à produção de conhecimento -e de poder. A autora explica que existem dois tipos de acervos universitários, os propriamente constituídos para fins de pesquisa e ensino e as coleções particulares (de artistas, intelectuais, professores) que chegam à
Resenha da obra Edição e sociabilidades intelectuais. A edição das obras completas de Rui Barbosa, escrita pelo Prof. Dr. Luciano Mendes de Faria Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais. A obra expressa o resultado de ampla pesquisa histórica e historiográfica, na qual o autor buscou, sobretudo, conhecer, a partir do movimento em torno da publicação das Obras Completas de Rui Barbosa, quais os intelectuais que mais se destacavam no país naquele momento e que redes de sociabilidade constituíam.FARIA FILHO, L. M. de. Edição e sociabilidades intelectuais. A edição das obras completas de Rui Barbosa. Belo Horizonte: Autêntica/Editora da UFMG, 2017. 299 p. R$ 54,90.
Resumo: A sociologia da educação há muito vem mobilizando categorias elaboradas por Pierre Bourdieu desde seus primeiros escritos sobre educação, nos quais denuncia os mecanismos de dominação e reprodução presentes no sistema de ensino. De certa forma, tem-se repercutido um sentido negativo de sua teoria, ao ser assimilada como reprodutivismo social, ou seja, que não deixa margem à transformação. No entanto, defende o sociólogo francês, é justamente no desvelamento das leis da reprodução que se pode vislumbrar possibilidades de ação. Assim, o objetivo deste trabalho é evidenciar os "princípios" pouco desenvolvidos por Bourdieu, mas não menos relevantes em sua obra, a partir da noção de "pedagogia racional" presente em relatórios de pesquisa e textos do autor. Para este estudo, propõe-se localizar e compreender tais princípios da pedagogia racional-"diversidade de formas de excelência" e "multiplicação das oportunidades"analisados à luz de comentadores, como Emiliano Gambarotta e Denice Catani. Pouco explorada por Bourdieu, a pedagogia racional por ele esboçada denota uma estreita relação entre saber e política, e é esta relação que buscaremos objetivar em nossa pesquisa.
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