A metáforA dA trAnsitividAde no gênero notícia jornalística:umA AbordAgem sistêmico-funcionAl gesieny lAurett neves dAmAsceno* violetA virginiA rodrigues** monicA mAriA rio nobre*** resumo Neste artigo, buscou-se verificar o modo como o Sistema de Transitividade é representado nas notícias jornalísticas a fim de que seus propósitos comunicativos sejam mais eficazmente alcançados. Foi possível identificar, nesse contexto particular de interação, uma representação metafórica do significado, a partir da codificação das categorias semânticas. A esse processo metafórico, atribuímos o rótulo de Metáfora da Transitividade, tendo em vista o conceito mais ampliado de Metáfora sugerido pela Teoria sistêmico-funcional. Limitou-se o foco da investigação ao Sistema de Transitividade codificado em torno do Processo Material abrir, em cláusulas cuja função é a de manchetes das notícias jornalísticas.
http://dx.doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14n2p2096Na Gramática Sistêmico-Funcional, a transitividade é concebida como o sistema responsável por codificar as experiências humanas. Baseado nessa perspectiva, este trabalho objetiva identificar as diferentes configurações que processos do tipo material podem assumir em contextos interativos específicos e reconhecer as motivações discursivas para essas codificações. Com vistas a alcançar esses objetivos, selecionamos oito parâmetros descritivos, que permitem analisar, mais sistematicamente, as escolhas efetuadas no âmbito do sistema de transitividade. Além disso, com o intuito de conhecer o grau de interdependência existente entre os fatores linguísticos, estimamos as correlações entre os parâmetros selecionados. O recorte de análise é formado por 131 cláusulas do tipo material, constitutivas de 31 textos pertencentes ao gênero notícia jornalística. A análise dos dados, feita por meio de Mapas Auto-Organizáveis e da estimativa da correlação simples, permitiu entrever, por exemplo, a relação existente entre as expressões metafóricas e a ocultação das entidades agentivas.
O livro Transitividade traço a traço (2014), organizado por Jussara Abraçado e Eduardo Kenedy, apresenta sete capítulos com estudos acerca de cada traço componente da noção de transitividade propagada por Hopper e Thompson (1980). Diferentemente do ponto de vista da gramática tradicional, para estes autores, não há necessidade de ocorrência dos três elementos -- sujeito, verbo, objeto -- para que uma oração seja transitiva. A transitividade, segundo eles, é concebida como um complexo de dez parâmetros sintático-semânticos independentes, que focalizam diferentes ângulos da transferência da ação em uma porção diferente da oração. Tomados em conjunto, esses parâmetros permitem que as orações sejam classificadas como mais ou menos transitivas: quanto mais traços de alta transitividade uma oração exibe, tanto mais transitiva ela é. Os estudos realizados na obra Transitividade traço a traço mostram que na prática cada um dos dez traços componentes da transitividade apresenta especificidades e relações com outros traços, trazendo à tona problemas que na maioria das vezes não se resolvem com avaliações de caráter binário.
Este artigo objetiva analisar e descrever o comportamento de advérbios e adverbiais de tempo e aspecto, sob a ótica dos processos de divergência (HOPPER, 1991), em reportagens acerca de relatos de violência homofóbica, veiculadas por jornais de circulação online. O tratamento dispensado aos dados foi de natureza holística, seguindo a tendência das pesquisas funcionalistas nas quais a pesquisa se ancora (MARTELOTTA, 2009; 2012; CASTILHO et al., 2014), a fim de que se pudesse efetuar o estudo descritivo desses elementos adverbiais. A investigação revelou, dentre outros aspectos, que a relação semântica mais realizada pelos advérbios/adverbiais de tempo é a de localização temporal definida do evento (80%) e já no que tange aos aspectuais, a relação mais presente foi a de duração do evento (46,8%). Alguns circunstanciadores, em menor proporção, apresentaram um ingrediente de foricidade, atuando na cadeia coesiva do texto.
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