Objetivo: Analisar o conhecimento de pacientes em hemodiálise sobre o autocuidado com o cateter venoso central. Método: Estudo descritivo de abordagem qualitativa realizado com 9 pacientes matriculados no Serviço de Terapia Renal Substitutiva da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no município de Belém do Pará. Utilizou-se um instrumento para a coleta dos dados que posteriormente foi analisado segundo o modelo proposto por Bardin. Resultados: Após as a análise e interpretação dos dados coletados dos 09 pacientes, os quais compuseram a amostra do estudo, emergiram 3 categorias: Conhecimento e significância da hemodiálise na vida dos pacientes renais crônicos; O autocuidado e o cotidiano do paciente renal crônico em hemodiálise; A autoestima e autoimagem do paciente renal crônico em hemodiálise. Percebeu-se que de maneira geral todos os pacientes possuem carência de conhecimento acerca de seu tratamento e sobre o autocuidado necessário à manutenção correta de seu cateter. Conclusão: Destaca-se a importância do enfermeiro no repasse de orientações para a promoção do autocuidado dos pacientes renais crônicos e, consequentemente, melhor qualidade de vida. Sugerimos a construção de tecnologias educativas para uso com estes pacientes, além da implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, a qual poderá identificar as deficiências no autocuidado e implementar as intervenções de enfermagem minimizando tal problemática
Objetivo: O objetivo desse estudo foi analisar os conhecimentos que as gestantes do pré-natal de alto risco apresentavam sobre a toxoplasmose e produzir uma tecnologia educacional a partir dos conhecimentos e necessidades dessas mulheres. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os sujeitos foram 09 grávidas com o diagnóstico de toxoplasmose. A coleta de dados aconteceu de outubro a novembro de 2017, por meio de entrevista, a qual era gravada. Resultados: Os resultados da pesquisa foram produzidos através da entrevista que era feita com as gestantes no momento que estas chegavam ao pré-natal de alto risco. A entrevista era baseada em um questionário qual era formado por 4 partes ( I- Dados socioeconômicos; II- Dados gestacionais; III- Dados sobre a toxoplasmose; IV- Dados sobre a tecnologia educacional). Após o termino de cada entrevista, as gravações eram transcritas na integra e os dados coletados foram analisados qualitativamente. Conclusão: Espera-se que a tecnologia educacional desenvolvida possa ser aproveitada por estas e outras gestantes, com a finalidade que elas conheçam a doença e se previnam contra essa zoonose tão difundida. Também se acredita que este material pode servir como ferramenta, auxiliando os enfermeiros do pré-natal na prática da educação em saúde, algo tão importante para prevenção de doenças como a toxoplasmose.
RESUMO Objetivos: analisar a prevalência do Vírus da Imunodeficiência Humana e os fatores associados em gestantes no estado do Pará. Métodos: estudo analítico, quantitativo e retrospectivo com a amostra de 332 prontuários de gestantes HIV positivas internadas na Maternidade de Referência do estado do Pará, no período de 2010 a 2019. Com as variáveis coletadas, procedeu-se a análise estatística bivariada e multivariada. Resultados: a média de prevalência no período foi de 2,39% e a Região Metropolitana concentrou 66,87% dos casos. Houve forte relação entre as variáveis número de consultas pré-natais e desconhecimento do status sorológico (p valor igual a 0,01E-17) e correlação entre as variáveis escolaridade com o número de consultas pré-natais. Conclusões: o aumento da taxa de infecção no período estudado revelou a necessidade de intensificar as ações de saúde, o diagnóstico precoce e as estratégias para a melhoria da adesão ao tratamento antirretroviral para supressão viral materna e redução do risco de transmissão vertical, contribuindo para aprimorar as políticas públicas.
Objetivo: Levantar o perfil sociodemográfico e clínico de usuários em tratamento de depressão em um CAPS em um município no interior do Pará. Método: Estudo de caráter descritivo com abordagem quantitativa, de cunho retrospectivo e documental conduzido com 223 prontuários de usuários com diagnóstico de depressão, do período de 2016-2017. A coleta de dados ocorreu com auxílio de um instrumento validado em estudos anteriores, contendo informações a respeito do perfil sociodemográfico e clínico. Resultados: A amostra, com predomínio feminino (63.2%); faixa etária predominante (41- 59 anos); com 75.8% pertentes ao município; 58.7% pardos; 42.2% casados; 35% ensino médio completo; 44.8% católicos; 46.6% moravam com companheiros e filhos. 100% utilizavam medicamento para controle dos sintomas, tendo como principais: a tristeza, choro e alteração do apetite; 32.6% dos casos desencadeados por óbito de um ente querido; 52% possuíam histórico familiar de transtorno mental 57.4% com episódio depressivo leve; após o diagnóstico, 48% tratavam com ansiolítico e antidepressivo como auxiliar a terapêutica; sendo que 43.5% não haviam passado por nem uma internação e 21.7% sentiam os sintomas a 48 meses antes de buscar ajuda ao serviço. Conclusão Possibilitou conhecer e compreender as peculiaridades de cada usuário, auxiliando na integralidade e adequação da assistência prestada.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422 DOI O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO As Políticas de Saúde Mental no Brasil são marcadas pela criação do primeiro hospício até os fundamentos atuais orientados pelos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira como processo social complexo, sinalizadas pelo desinstitucionalização no âmbito da loucura e do sofrimento mental. O processo da reforma psiquiátrica no Brasil começou no final da década de 70, no contexto da redemocratização nacional, ou seja, na luta contra a ditadura militar. Com a ruptura do hospital psiquiátrico, o sujeito deixa de ser reduzido à doença e passa a ser usuário, cidadão que utiliza os recursos públicos. O trabalho dito "terapêutico" dos profissionais que antes se restringia ao espaço manicomial e às atividades de controle e vigilância, agora se amplia para a atuação no território; espaço não apenas administrativo, mas das relações sociais, políticas, afetivas e ideológicas. A Constituição de 1988 foi um salto importante na história da saúde mental brasileira. A saúde mental passa a ser um eixo dentro da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A continuidade, o acolhimento, envolvimento e corresponsabilização dos seus grupos familiares são dispositivos importantes para a descontrução manicomial. As experiências dos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e das equipes volantes de psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, associados aos profissionais de saúde da ESF abrem o sulco do campo pós-manicomial e contribuem para a clínica comprometida com a vida, com uma subjetividade livre e com uma maneira de existir orientada para justiça social e a liberdade. Suicídio, depressão, redução da intervenção psiquiátrica, diminuição de mortes por violência e a diminuição do uso patológico de drogas legais e ilegais se constituem hoje como problemas de saúde pública no Brasil e desafios para o SUS (Sistema Único de Saúde). Ao longo deste volume serão discutidos aspectos da Reforma Psiquiátrica no Brasil, os principais desafios da saúde mental, experiências e práticas implantadas na ESF e nos Caps brasileiros.
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