Em uma entrevista recente o lingüista Oswald Ducrot discute a Teoria dos Topoi, versão mais recente da Teoria da Argumentação na Língua, desenvolvida por ele e colaboradores. A Teoria dos Topoi é apresentada como um modelo alternativo a uma semântica baseada no conceito de condições de verdade. Na tentativa de lançar luz sobre os postulados dessa teoria, o entrevistador discute com Ducrot e Marion Carel tópicos tais como a relação entre o conceito de pressuposição e a Teoria da Argumentação, a relação entre linguagens lógicas e línguas naturais, a definição de sentido lexical no modelo, e por fim, a traduzibilidade de sentidos lexicais não definidos referencialmente.
The purely cognitive representation of metaphor poses some difficulties. It is proposed that these difficulties can be tackled down in the alternative view proposed in this article, according to which there is an interdependence of conceptual and linguistic factors in the use of metaphor. Some linguistic regularities are identified in the interpretations of some types of metaphor, such as personification, and is argued that a richer description of these types of metaphor is obtained if the linguistic knowledge and semantic compositionality of topic and vehicle are taken into account.
In this paper two common dichotomies in the study of metaphors are criticised: on one hand, those which crontrapose thought versus language, and on the other, word versus sentence. Many arguments that show that these dichotomies do not capture the essence of metaphor are presented. It is argued that a metaphor is built by exploring both poles of the dichotomies mentioned. Building from these arguments, it is proposed that metaphor corresponds to a general cognitive capacity which establishes correlations among diverse domains. This capacity, however, needs an expressive medium which is language in use. In short, a metaphor built by though takes on semantic relations pre-existent in the lexical system of a language. KeywordsMetaphor; Thought; Cognitive capacities. ResumoNeste artigo, são criticadas duas dicotomias usuais nos estudos das metáforas: as que opõem, de um lado, pensamento x linguagem, e, de outro, palavra x sentença. São apresentados vários argumentos que mostram que essas dicotomias não capturam a natureza das metáforas. Argumenta-se que uma metáfora é construída explorando
Resumo: Neste artigo, investigamos as implicações tradutórias do uso de verbos movimento no inglês e no português brasileiro (PB) à luz da Linguística Cognitiva a partir de narrações de partidas de basquetebol: um corpus que constitui um contexto natural de realização da língua falada. Analisamos duas partidas da National Basketball Association (NBA). Em total, foram compiladas 104 ocorrências de verbos de movimento, 51 em inglês e 53 em PB. Quanto aos tipos, foram constatados 46 diferentes em inglês e 26 em PB. Isso sugere que as narrações são mais ou menos equivalentes no que concerne ao estilo narrativo, pois ambas usam uma quantidade parecida de verbos. Entretanto, tem-se uma assimetria em relação à variedade de verbos de movimento empregados e à sua semântica. Enquanto no inglês há maior variedade de verbos de movimento, no PB ela é menor. Nesta língua, por sua vez, a preferência são verbos de movimento menos específicos, que indicam DIREÇÃO, sem muitas informações de MODO. Tais diferenças são a fonte das dificuldades da tradução de verbos de movimento, do inglês para o português. No que concerne aos estudos da tradução, esta pesquisa corrobora a Hipótese do Item Único, segundo a qual um item é único para uma dada língua, se os contextos gramaticais em que ele aparece são únicos daquela língua.Abstract: Based on Cognitive Linguistics, we investigate the use of motion verbs in English and Brazilian Portuguese basketball broadcasts 167 Cad. Trad., Florianópolis, v. 39, nº 2, p. 166-183, mai-ago, 2019.Heronides Moura & Lucas Badaracco and its implications for translation. This corpus, which represents a natural context of spoken language, included two National Basketball Association games. We found a total of 104 motion verb occurrences, 51 in English and 53 in Brazilian Portuguese, consisting of 46 different types in English and 26 in Brazilian Portuguese. This suggests that the broadcasts are somewhat equivalent in style, since a similar number of verbs were used in both languages. However, the variety of motion verbs and their meaning were asymmetrical. A wider variety of motion verbs is used in English than in Brazilian Portuguese. Moreover, in English, there is a tendency to use verbs that encode MANNER in the verb root. In Brazilian Portuguese, on the other hand, the preferred verbs are less specific, encode PATH and provide less information about the manner of motion. Such differences are the source of the difficulties for translating motion verbs from English to Portuguese. For translation studies, this study corroborates the Unique Items Hypothesis, according to which an item is unique in a given language inasmuch as its grammatical contexts are unique in that language.
RESUMO: Teorias da linguagem necessariamente se defrontam com o fato de que as línguas naturais são, em larga medida, fruto de fatores históricos. O papel atribuído a essa temporalidade pode variar enormemente ao longo das diferentes épocas da cultura ocidental, em função da perspectiva teórica adotada e do estatuto epistemoló-gico atribuído à linguagem. PALAVRAS-CHAVE: história dos estudos linguísticos; tempo; mudança linguística.ABSTRACT: Language theories have to cope with the fact that natural languages are, by and large, products of historical facts. The role of temporality varies enormously through different ages of western culture, according to the theoretical approach and the epistemological status attributed to language.
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