Os dispositivos móveis despontam-se como os protagonistas na garantia de um recurso favorável à conexão, minimizando sobremaneira as limitações espaço-temporais das pessoas e possibilitando o emprego emergente da aprendizagem com mobilidade (m-learning). O uso de dispositivos móveis na práxis pedagógica implica na necessidade de uma maior aproximação dos professores em formação inicial e seus formadores no sentido de viabilizar que ocorra a incorporação desta tecnologia móvel nos cursos de Licenciatura. Esta “aproximação” significa a viabilização de encontros para discutir, refletir e dialogar sobre a incorporação desta tecnologia no processo de ensino-aprendizagem. Nesta pesquisa, duas educadoras, uma delas formadora de professores de Química e a outra, professora pesquisadora de informática e educação, realizaram alguns encontros para discutir e refletir sobre o emprego desta tecnologia móvel na licenciatura. A opção metodológica fundamenta-se na abordagem qualitativa com elementos de pesquisa-ação tendo como base os pressupostos teóricos da Teoria dos Sistemas de Atividade (ENGESTRÖM, 1999). Portanto, o estudo situado no campo dos debates sobre o emprego de dispositivos móveis no ensino de Química foi desenvolvido no âmbito do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Rondônia. Dentre um conjunto de sistemas de atividade, em que atuaram discentes e docentes, com seus objetos de atividade.
As Fake News não são novidade na história da humanidade. No entanto, quando as Fake News passam a veicular pretensos conhecimentos científicos, deve-se refletir como o Ensino de Ciências tem produzido conhecimentos e enfrentado os desafios da pseudociência nas salas de aula. Estamos vivenciando um fenômeno social chamado de “pós-verdade”, termo utilizado em circunstâncias onde pessoas atribuem maior importância a sentimentos e crenças do que aos fatos em si, o que favorece a disseminação de Fake News. Este trabalho teve como objetivo analisar o discurso presente em algumas Fake News – relacionadas à origem do vírus SARS-CoV-2 e os possíveis tratamentos para a Covid-19 – a partir das cenas da enunciação propostas por Dominique Maingueneau, além de discutir o papel do ensino de Ciências diante de tal cenário. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, com elementos de pesquisa bibliográfica e exploratória. Os resultados mostraram que nas Fake News o discurso do enunciador geralmente flui sem dificuldades, em acordo com convicções prévias do leitor; a fonte parece familiar ou confiável (principalmente quando a cenografia se apropria do discurso científico); a cena genérica – redes sociais – favorece a formação de bolhas sociais. Consideramos que o ensino de Ciências precisa explorar as evidências que sustentam determinada informação ou teoria. Julgamos que saber lidar com informação de caráter duvidoso na era da pós-verdade seja uma questão estrutural que depende de uma formação inicial e continuada adequada para professores e, como consequência, para estudantes do ensino básico.
Este trabalho tem como objetivo apresentar aos alunos de ensino médio de um Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), a abordagem investigativa no ensino experimental de Química. Desenvolveram-se atividades experimentais sobre reações químicas utilizando demonstrações investigativas. A escolha do tema deve-se ao fato de possibilitar estabelecer relações entre a experiência vivida e as reações químicas ocorridas no cotidiano dos alunos, de modo a contribuir com a construção do conhecimento, proporcionando uma maior aprendizagem na disciplina de Química. No presente trabalho, o professor apresenta atividades experimentais realizando as problematizações, no intuito que os alunos interajam com as atividades propostas. Posteriormente, solicita que os alunos se organizem e procurem encontrar atividades experimentais sobre reações químicas que serão socializadas e apresentadas para os colegas de sala, com a perspectiva de aplicar o conhecimento diante de novas situações. Isso vem verificar se os alunos são capazes de mobilizar os saberes construídos diante de outros contextos. A análise dos registros realizados pelos alunos a respeito das atividades realizadas permite inferir que aulas com cunho investigativo devem estar mais presentes no decorrer das aulas de Química. E o professor deve estar atento quanto à retomada e complemento de conceitos, fazendo uso de problematizações. Pois trata-se de um público que, na maioria das vezes, ficou muito tempo fora da escola. Além disso, com este tipo de atividade é possível que os alunos do CEJA sintam-se mais tranquilos para expor suas dificuldades e procurar solucioná-las. Sendo assim, a abordagem investigativa aparece como um importante elemento para contribuir com a busca de conhecimento. Os Centros de Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso objetiva a alfabetização e a escolarização dessas pessoas e é neste sentido que buscamos entender as expectativas, possibilidades e potencialidades desses alunos, fazendo com que tenham acesso ao conhecimento através de atividades experimentais problematizadoras e investigativas, de modo que efetivem os seus direitos em receber uma educação de qualidade.
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