SZAZADOK. Ano 98, n. 1-2. Budapeste, Akadémiai Kiadó, 1964 (1).Nossa falta de informação a respeito do estágio dos estudos historiográficos na Europa centro-oriental faz com que a oportunidade de contactos fortuitos leve à formulação de esquemas rudimentares e pouco convincentes. As dificuldades lingüísticas, o reduzido contacto intelectual decorrente de fatôres de ordem política e, porque não, econômica, transformam, ou melhor, reduzem o complexo cultural dos Estados situados naquela região numa fusão de mitos e curiosidades. Um ou outro filme polonês, uma ou outra obra literária húngara ou checa formam o balanço geral dessas relações. Daí o interêsse em apresentar uma revista que, com seus 98 anos de "idade" é o órgão oficial dos membros duma das associações historiográficas de maior tradição na Hungria (2).O que imediatamente salta à vista é a atualização, no tocante aos estudos históricos, que revelam várias de suas secções. Ausência de isolacionismo, algum dogmatismo. Há posições em choque mas sempre dentro dum quadro geral, pois que a diretriz geral é a análise marxista. As variações, porém, não são limitadas. O tom crítico é constante.Na resenha das Revistas encontramos as mais importantes publicações húngaras (em número de dezenove), francesas, soviéticas, romenas, norte-americanas, polonesas, ir-glêsas. E' bem verdade, e taz pena, que publicação latino-americana alguma se faça presente. O mesmo em relação às asiáticas e africanas. De qualquer forma, o que é realmente representativo do pensamento historiográfico do "Ocidente" e do "Oriente", em têrmos e posições os mais recentes, encontra reflexos no Századok.A resenha de livros apresenta a mesma variedade que a de revistas, mas o espírito é diverso. A tradicional resenha expositiva é substituída pela resenha crítica mormente sendo objeto de resenha obra não marxista. Êsse aspecto se torna nítido nas observações de Mérei relativas ao trabalho de Bodenstein: Neige des Historismus. Ernst Troeltschs Entwicklungesgang (pg. 253 seg.). O caráter dos reflexos é nitidamente crítico e pode a resenha ser tomada como documento para o estudo do choque historicismo-historiografia marxista. Quando Mérei afirma que