O concreto leve pode ser obtido pela substituição do agregado convencional por agregado de menor densidade, como a argila expandida, a qual apresenta também alta porosidade e absorção de água elevada. Essas propriedades se assemelham às dos agregados reciclados de resíduos de construção, o que os torna aptos para a obtenção de um concreto leve. Porém, os agregados reciclados diferem quanto a composição variável, menor resistência a esforços e à abrasão, e formato mais irregular. Assim, o artigo analisa como algumas propriedades dos agregados reciclados influenciam no comportamento do concreto leve nos estados fresco e endurecido. O estudo utilizou dois tipos de agregados reciclados, um oriundo de blocos vazados de concreto com EPS (ARBCE) e outro de blocos cerâmicos (ARBC), com o propósito de entender a variabilidade dos materiais caracterizando as composições desses agregados e verificar a viabilidade de aplicação deles na obtenção de concretos leves. Os agregados reciclados foram britados por dois diferentes equipamentos (moinho argamassadeira para o ARBC e britador de martelo para o ARBCE). Os agregados reciclados obtidos desses processos distintos apresentaram distribuição granulométrica e forma diferentes. Com ambos os agregados reciclados foi possível produzir concretos leves, ou seja, com massa específica abaixo de 2,00 g/cm³. As resistências à compressão aos 28 dias entre 9,0 e 13,0 MPa indicam uso em elementos sem função estrutural, mas aplicáveis em componentes construtivos de resistência moderada (p.ex. painéis e blocos).
RESUMOO setor da construção civil é considerado um setor atrasado no Brasil. A necessidade de racionalizar a construção de habitações visando a redução do deficit habitacional, alavancado pelos programas governamentais de incentivo, fez com que empresas buscassem utilizar painéis de concreto em substituição a alvenaria convencional. Esses painéis são comumente feitos de concreto leve, podendo ser moldados no local ou pré-fabricados. O concreto leve pode incorporar materiais reciclados, além dos já normalmente usados. Nesse estudo procurou-se conhecer como a tecnologia de painéis de vedação de concreto leve está incorporando outros materiais e quais são esses materiais. Para isso, realizou-se uma busca nas bases de patente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial e do Derwent Innovation Index, utilizando palavras-chave e suas combinações. Os resultados foram analisados e categorizados. A título de comparação, foi levantado o número de artigos científicos sobre o tema, a partir da base Web of Science. Além disso, foram procurados dados de empresas que trabalhavam com painéis de concreto, e foi verificado se havia em sua página eletrônica a informação sobre o uso de material reciclado em painéis de concreto. Foram encontradas poucas patentes na base nacional e, na internacional, foram encontrados diversos documentos que tratam do uso de materiais reciclados incorporados ao concreto. Quanto às empresas, apenas uma citava,em sua página de produtos,a utilização de material reciclado, mostrando uma boa possibilidade de inserção de um novo produto no mercado, com aspecto ecologicamente amigável.
RESUMO O concreto autoadensável (CAA) tem sido produzido por diferentes métodos de dosagem. Alguns são baseados na determinação da pasta e do esqueleto granular para o alcance da autoadensabilidade. A busca por empacotamento de agregados com baixo índice de vazios, que leva a uma redução do volume de pasta, tem sido o ideal, mas este modelo pode não ser o melhor para o CAA. Sistemas de partículas com reduzidos vazios e teor de pasta pode comprometer a autoadensabilidade do CAA. Por outro lado, composições de agregados com dosagens igualitárias entre partículas grossas e finas têm sido proposto com sucesso. Neste contexto, o artigo visa analisar composições de agregados com dosagens de agregados graúdos e miúdos equiparados, avaliando suas distribuições granulométricas contínuas e descontínuas, além de determinar parâmetros de graduação, que possam influenciar e contribuir para o alcance da autoadensabilidade do CAA. As propriedades de autoadensabilidade foram verificadas pelos testes de espalhamento, índice de estabilidade visual (IEV), funil V e caixa L. As propriedades determinadas no estado endurecido foram: resistência à compressão, módulo de elasticidade estático, absorção de água por imersão, índice de vazios e massa específica. Para isso, foram utilizados corpos-de-prova cilíndricos (10 cm x 20 cm). Os resultados desta pesquisa mostraram que os parâmetros de graduação de agregados, obtidos para cada proporção e distribuição granulométrica das composições de agregados estudadas, ressaltaram o efeito da presença de diâmetros de partículas miúdas em relação às partículas graúdas, podendo-se perceber a contribuição desses parâmetros na obtenção de distribuições contínuas e descontínuas mais fechadas para concreto autoadensável em atendimento às propriedades no estado fresco e endurecido.
A utilização da biomassa como alternativa na geração de energia é uma prática bastante difundida quando se almeja a redução de impactos ambientais, especialmente quando é possível utilizar o seu resíduo em outros processos. Nesse sentido, o presente trabalho buscou caracterizar e analisar o potencial das cinzas das Biomassas de Casca de Coco (CCC) e de cinzas de Bagaço de Cana (CBCA) com base na redução do impacto ambiental na região. A partir da investigação das características físico-químicas desses componentes, buscou-se a seleção do resíduo para maior adequação ao emprego como adição mineral em misturas cimentícias. Foram realizadas análises químicas de termogravimetria (TG) e de difração de raios-x (DRX) para melhor entendimento sobre o comportamento do material, bem como foram feitos ensaios de resistência à compressão com a cal aos sete dias e IAP (Índice de Atividade Pozolânica) com o cimento aos vinte e oito dias. Com os resultados obtidos, pode-se entender que as amostras possuem potencial pozolânico, uma vez que apresentam as características físicas e químicas requeridas, mas foram encontrados valores reduzidos de resistência à compressão. No entanto, devido ao seu alto teor de sílica e comportamento químico, os materiais podem ser utilizados como um adição mineral. Além disso, as cinzas provenientes da cana de açúcar e da casca do coco podem ser uma alternativa, substituindo parcialmente a areia na composição da argamassa para revestimento, devido à sua baixa necessidade de resistência à compressão.
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