o que clizern os professores sobre o sisterna de cotas para negros !léIS universidades públicas Lorene dos SANTOS' Lana Mara de Castro SIMAN" RESIMOEste trabalho apresenta uma análise do conteúdo de um fórum de discussão, em meio virtual, onde um grupo de professores de uma rede pública de ensino, em Minas Gerais expressou, sob a forma de depoimentos, opiniões e posicionamentos, suas representações e saberes acerca do tema "cotas para negros em universidades públicas brasileiras". Para melhor compreender oque dizem os professores acerca deste tema traçamos, inicialmente, um brevíssimo panorama das discussões envolvendo a questão racial em nosso país para, em seguida, identificar e problematizar os argumentos que apóiam os posicionamentos dos professores, assim como os pontos sobre os quais se situam alguns dos embates, tensões e polêmicas em tomo dessa questão.Palavras-chave: representações, saberes docentes, cotas raciais, educação anti racista.Nas últimas décadas, vimos ampliar o debate sobre o racismo e a posição dos afro-descendentes na sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que se multiplicam ações de combate ao preconceito e diferentes formas de discriminação racial, ainda presentes em nossa sociedade. Adiscussão sobre a implementação das chamadas ações afirmativas, em especial oestabelecimentos de cotas para negros em universidades públicas brasileiras, vem ocupando cada vez mais espaço nos meios de comunicação de massa e em diferentes instâncias da vida social. Para além das projeções que acompanham tanto os " Graduada em História pela fIFMG; Doutoranda em Educação pela UFMG; Professora da pue Minas; Assessora de História do CEfOR pue Minas.*"' Doutora em Didática da História pela Universidade de Lavai, Canadá. Professora do Programa de PósGraduação em Educação da UFMG; Assessora Pedagógica do CEFOR pue Minas.HIST6RiA & ENSI~O, Londrina, v. 14, p. 95 -114 ago. 2008 95 96 argumentos favoráveis quanto aqueles contrários às cotas e demais ações afirmativas trabalhamos com a hipótese de que este processo tem possibilitado uma maior mobilização da sociedade brasileira diante da questão racial, potencializando a discussão sobre a crença de que seríamos uma sociedade marcada por maior tolerância racial, por um racismo considerado "mais brando", ou como nos acostumamos a nomear, por uma "democracia racial". Oimpacto causado pelo anúncio e o início do processo de implementação de cotas raciais em algumas universidades brasileiras vem provocando, assim, uma nova configuração do debate, instigando o posicionamento de diferentes sujeitos e promovendo, em alguns casos, polêmicas e discussões acirradas. Para muitos brasileiros, essa discussão é uma novidade e não são poucos os que estão começando a refletir e a construir posicionamentos a esse respeito, muitas vezes instigados por situações formais de debate ou por se depararem com a questão em suas experiências cotidianas. Oque dizem os professores da educação básica a esse respeito? Onde se situam os pontos polêmicos, os pontos de embate, as concordâncias? Qual ...
RESUMOFormar professores para o trabalho com a diversidade constitui um dos importantes desafios para a educação na contemporaneidade. Uma das políticas públicas atualmente implementadas no Brasil, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência -Pibid, têm possibilitado o desenvolvimento de projetos e experiências inovadoras neste campo. Este trabalho apresenta e discute uma experiência do Pibid História na PUC Minas, que tem como eixo norteador a valorização da diversidade cultural e o combate às desigualdades étnico-raciais, dialogando com referenciais teóricos do campo das Ciências Sociais, do ensino de História e da formação e trabalho docente. Além de mapear alguns dos dilemas e possibilidades vivenciados cotidianamente na formação de professores, traz evidências de que o Pibid representa uma rica possibilidade de ressignificação das relações entre universidade e escolas de Educação Básica, assim como de construção de práticas docentes inovadoras.Palavras-chave: Ensino de História. Diversidade. Formação de professores. Práticas docentes. ABSTRACTThe education of teachers to work with diversity is one of the important challenges for education in contemporary society. One of the public politics currently implemented in Brazil, the Institutional Scholarship Program for Teacher Initiation -Pibid, has provided the development of innovative projects and experiences in this field. This paper presents and discusses a History Pibid experiment at PUC Minas, which main guideline is the appreciation of cultural diversity and the fight against ethnic and racial inequalities, in a dialogue with theoretical references from the field of Social Sciences, history teaching and teacher education and work. In addition to mapping some of the dilemmas and possibilities experienced daily in teacher education, this paper shows evidence that Pibid represents a rich opportunity for redefinition of relations between universities and basic education schools, whilst building innovative teaching practices. IntroduçãoFormar professores para o trabalho com a diversidade constitui um dos importantes desafios para a educação na contemporaneidade. Algumas das políticas públicas atualmente implementadas no Brasil, como é o caso do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência -Pibid, têm possibilitado o desenvolvimento de projetos e experiências de formação docente voltadas a este propósito. Além de constituir-se como campo fértil para a elaboração de novas práticas e estratégias de Linguagens, Educação e Sociedade, Teresina, Ano 19. n.30 jan./jun. 2014. Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI | ISSN 2526-8449 (Eletrônico) 1518-0743 (Impresso) ensino, tais experiências de formação apresentam-se como importante campo de investigação, demandando a realização de novos estudos e análises. Este trabalho apresenta e discute uma experiência de formação docente desenvolvida pelo subprojeto de História do Pibid PUC Minas, que tem como eixo norteador a valorização da diversidade cultural e o combate às desigualdades ...
Este artigo objetiva analisar o potencial das narrativas como instrumento de reflexão, de formação docente e de insurgências curriculares, partindo de pesquisa cujo objeto de estudo foi uma proposta de educação antirracista, empreendida por um grupo de professores de uma escola pública, em contexto de pandemia de Covid-19. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa que realizou a “análise de conteúdo” de narrativas de experiências profissionais docentes coletadas por meio de diários de aula. O referencial teórico discute concepções e práticas de educação antirracista e o conceito de narrativas (auto)biográficas. Os resultados confirmam a importância da promoção de uma prática reflexiva para o desenvolvimento profissional docente e a necessidade de um trabalho sistematizado com a temática étnico-racial na elaboração de saberes profissionais docentes, em uma perspectiva antirracista.
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