Este dossiê discute a inclusão digital e a acessibilidade educacional focando na diversidade de estudantes presentes em nossas salas de aula, a partir das propostas de educação inclusiva. Os textos que compõem este dossiê trazem dados sobre as inúmeras possibilidades presentes em artefatos tecnológicos, tecnológicas assistivas e na cultura digital em rede, assim como apresentam resultados de pesquisas sobre o uso das redes sociais (como Facebook) e aplicativos (como WhatsApp) usados por docentes para planejar e discutir seu fazer pedagógico. O dossiê aborda temas contemporâneos urgentes, sobretudo se considerarmos a pandemia da corona vírus que vem deixando milhões de crianças, jovens e adultos sem acesso a escolas e universidades. Levar em conta as desigualdades sociais é fundamental para problematizar e propor caminhos e possibilidades que envolvem a educação remota, educação à distância, educação online e outras estratégias, sempre tendo em vista o direito de acesso à educação.
Organização e oferta do Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência intelectual e múltipla na Baixada Fluminense Resumo Em 2008, com a implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, inúmeras ações têm sido realizadas no âmbito nacional e, também, localmente nas redes de ensino para garantir os direitos educacionais e sociais de pessoas com deficiência. Como essas políticas têm impactado nas necessárias transformações das práticas pedagógicas destinadas às pessoas com deficiência? Que suportes e apoios pedagógicos têm sido oferecidos para garantir a escolarização desses sujeitos? A partir de tais questões, apresentamos os dados de duas pesquisas qualitativas realizadas em sete redes de ensino da Baixada Fluminense sobre a escolarização de pessoas com deficiência intelectual e múltipla, focalizando os caminhos encontrados pelas redes de ensino na organização e na oferta do Atendimento Educacional Especializado. Como procedimentos de coleta de dados, realizamos entrevistas semiestruturadas com os gestores responsáveis pela Educação Especial e analisamos as respectivas diretrizes educacionais municipais entre 2013 e 2015. Os resultados mostram, entre outros aspectos, um aumento nas matrículas desses sujeitos em turmas comuns de ensino; uma variedade de suportes organizados e implementados a partir das estruturas educativas locais, assim como as perspectivas colocadas pelos Planos Municipais de Educação e as contradições e os desafios enfrentados na escolarização de alunos com deficiência intelectual e, sobretudo, com deficiência múltipla.
RESUMO O presente artigo objetivo apresentar reflexões sobre as políticas de inclusão escolar e a avaliação da aprendizagem de alunos com deficiência intelectual. A investigação integra uma pesquisa, em andamento, vinculada ao Observatório de Deficiência Intelectual-(OBEDUC/CAPES) fundamentada na perspectiva histórico-cultural. Em termos metodológicos foram adotados os referenciais da pesquisa qualitativa com análise de documentos oficiais e dados empíricos coletados em cinco municípios da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro. A partir da análise das informações de campo e seu cotejamento com as diretrizes oficiais e a literatura especializada, verificamos que apesar dos avanços na implementação das políticas de inclusão escolar, as escolas, de maneira geral, não valorizam e/ou não utilizam instrumentos avaliativos que viabilizam o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência intelectual. Igualmente, ficou evidente que os processos avaliativos continuam focando as impossibilidades dos alunos e não as suas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento a partir das intervenções e mediações pedagógicas. Palavras-chave: Políticas de educação inclusiva; avaliação escolar; deficiência intelectual; processos de ensino e aprendizagem; perspectiva histórico-cultural.
Este livro nos apresenta uma abordagem singular sobre as aplicações educacionais da linguagem da computação, compreendida não como suporte a algoritmos da engenharia, mas como instrumento de expressão e ferramenta semiótica. Sua utilização no campo da Educação Especial, tal como na pesquisa aqui apresentada, rompe barreiras culturais quanto ao desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual, abrindo campo para inúmeras investigações acerca do objeto e do sentido da experiência de aprendizagem. Com a expressão “imaginar e criar”, Mariana Pitanga sintetiza a verdadeira essência da linguagem de computação, que, transbordando o universo da lógica formal, institui-se como a essência do sujeito matemático, o Homem da Razão no mundo e para o mundo. Temos aqui uma contribuição da Educação Especial para o campo geral do ensino-aprendizagem. Luiz Antonio Gomes Senna Universidade do Estado do Rio de Janeiro
INTRODUÇÃO A avaliação nos parece ser a questão nuclear da escola, pois é a partir do conhecimento das condições concretas do estudante que podemos exercer uma atuação pedagógica intencional, interventiva e propiciadora do seu desenvolvimento integral, que lhe possibilite sair de um estágio primário para o acesso a funções superiores da ação humana: o uso da linguagem, o exercício da vontade, do poder criativo, da atuação com os signos sociais (OLIVEIRA, 2015b, p. 65). Ao analisarmos os processos avaliativos dirigidos para alunos com deficiência intelectual nos deparamos com concepções avaliativas que se distanciam de práticas que promovam a aprendizagem, uma vez que estas estão centradas apenas nos resultados e não no aprender, no produto e não no processo. Assim, a escola segue promovendo a ideia de avaliar apenas para classificar os alunos (os que aprendem e os que não aprendem), operando com a verificação e não
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