Resumo Este estudo analisou a criação e a implantação dos conselhos locais de saúde no município de Anchieta, no estado do Espírito Santo. Buscou-se identificar os fatores que apoiaram ou limitaram a sua efetiva participação no contexto do Sistema Único de Saúde local. Por meio de abordagem qualitativa, realizaram-se 13 entrevistas com os conselheiros. Utilizou-se a análise de conteúdo, evidenciando três categorias trabalhadas neste texto: Ser ou não ser conselheiro de saúde? Eis a questão!; O não pertencimento e a não participação; e Conselhos locais de saúde: elos, meios e mediações. Concluiu-se que os conselheiros enfrentam grandes dificuldades que acabam por desvirtuar os caminhos desejados da participação social no âm-bito do Sistema Único de Saúde. Por isso, é imprescindível que haja vontade política, apoio à participação efetiva e programas de educação para a cidadania dos atores envolvidos nesses fóruns, para que assim possam exercer de forma plena seu papel. Palavras-chave Sistema Único de Saúde; participação social; conselhos de saúde.Abstract This study examined the creation and implementation of local health councils in the municipality of Anchieta, state of Espírito Santo, Brasil. The goal was to identify the factors that supported or limited their effective participation in the context of the local Unified Health System. Using a qualitative approach, 13 interviews were carried out among the council members. Content analysis was used to show three categories worked on in this text: To be or not to be a health counselor? That is the question!; Non-belonging and non-participation; and local health Councils: links, means, and mediations. It was concluded that counselors face major difficulties that end up distorting the desired paths of social participation in the scope of the National Health System. Therefore, it is essential that there is political will, support for effective participation, and education programs for the citizenship of the actors involved in these forums so that they can exercise their roles to the fullest extent.
Este artigo tem como objetivo discutir os desdobramentos do processo de formação de facilitadores e o trabalho de efetivação de 'rodas' de Educação Permanente em Saúde (EPS) em unidades de serviços de saúde no município de Vitória, Espírito Santo, cenário selecionado a partir de mapeamento dentre várias experiências de EPS em andamento no país. Adota os pressupostos metodológicos sugeridos pela cartografia para produção e análise dos dados, utilizando variadas estratégias, como observação participante, entrevistas individuais e coletivas com os profissionais e usuários. Verifica que o termo EPS admite várias concepções: movimento que coloca o trabalho em análise, visando a definir prioridades locais que promovam a reorganização dos espaços de produção de saúde; estratégia de formação dos profissionais de saúde em um processo constante de subjetivação, como estratégia de gestão, na medida em que possibilita reorganizar a gestão a partir da problematização do trabalho. Verifica a existência de 59 Rodas de EPS distribuídas em 25 serviços de saúde, com a presença de dois facilitadores em cada uma. Conclui que, nesse cenário, as várias concepções disputaram espaço e produziram efeitos, especialmente perceptíveis na mudança da forma como os profissionais compreendem o processo educativo e a sua interação com o cotidiano do trabalho.
Resumo Este estudo tem por objetivo descrever o perfil dos egressos e avaliar a contribuição do curso de pós-graduação lato sensu em Saúde da Família (PG-PSF)
ResumoEste artigo tem por objetivo apresentar uma perspectiva de análise sobre o processo de trabalho em saúde que o considera capaz de produção de procedimentos especializados e atos cuidadores, e também como um campo fértil para a produção de sujeitos protagonistas na construção de um sistema de saúde mais justo e de relações societais mais democráticas. Trata-se de uma reflexão teórica alimentada por pesquisas desenvolvidas em serviços de atenção básica na região da Grande Vitória. Aborda a centralidade do trabalho na construção do homem, ressaltando as especificidades do trabalho em saúde no seu aspecto relacional. Sugere que o processo de trabalho seja analisado sob a ótica do jogo de forças que se presentifica no cotidiano e valoriza os instrumentos e estratégias metodológicas que incluam os trabalhadores no questionamento daquilo que se produz cotidianamente. Nesse sentido, aponta a necessidade de construção de espaços coletivos de fala e reflexão sobre o trabalho com a presença da comunidade, de modo a avançar na construção de um novo senso comum que conceba a saúde não apenas como ausência de sintomas, mas como qualificação da existência.
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