Resumo: O artigo discute as características e tendências da indústria farmacêutica mundial e brasileira no século XXI, suas transformações e tendências setoriais, e seus atores. Foram utilizadas a pesquisa qualitativa e a técnica de análise documental, que permitiram verificar que, no início do século XX, a indústria farmacêutica mundial apresentava estrutura homogênea e oferta reduzida de seus produtos. Após a Segunda Guerra Mundial, houve fortalecimento da produção de medicamentos baseados na síntese química e diversificação da oferta e demanda por medicamentos. O mercado farmacêutico passou da competição mais ampla para uma de caráter oligopólico. Nos anos 1990, o portfólio dessas indústrias ampliou-se para áreas de saúde animal, produtos de higiene/cuidado pessoal e de nutrição/ dietética. Na década de 2000, a indústria farmacêutica mundial intensificou esse processo, e devido à expiração das patentes dos medicamentos, se concentrou no segmento dos genéricos, adquirindo empresas nos mercados emergentes. O setor farmacêutico brasileiro seguiu os moldes da indústria farmacêutica mundial e passou a investir na produção de medicamentos genéricos, fitoterápicos e no avanço dos biotecnológicos, com o apoio financeiro público do BNDES. Esse contexto continua a exigir avanços na inovação em saúde, e reclama da regulação sanitária o enfrentamento dos desafios advindos dessa grande transformação. Cabe destacar os desafios relativos aos custos dos medicamentos e de seus fortes impactos sobre os sistemas de saúde, em especial aqueles de caráter mais inclusivo. Palavras-chave: indústria farmacêutica; medicamentos; aquisições; produtos biotecnológicos; regulação sanitária.
O presente artigo discute os motivos que levaram à adoção de uma política de medicamentos no Brasil. Para tanto busca, através de uma revisão bibliográfica, fazer um resgate histórico dos múltiplos fatores que interferiram na construção dessa política. Além de traçar a trajetória deste processo, o artigo procura assinalar algumas de suas características no Brasil contemporâneo. Enfatiza-se, aqui, a política de saúde como uma política universalista e igualitária, reclamando a responsabilidade do Estado na efetivação do direito à saúde preconizado na Constituição de 1988. Nesse contexto, apontam-se as razões para que a política de medicamentos seja parte integrante da política de saúde, com o objetivo de se obter um acesso mais próximo do integral, entendendo que o campo da saúde é também um espaço onde a cidadania deva ser buscada de modo pleno.
O presente artigo discute a questão do acesso aos medicamentos como direito social, a partir da investigação de como o usuário do Hiperdia percebe seu acesso aos medicamentos. Para tanto, aborda o processo de medicalização vivenciado pela sociedade brasileira contemporânea, ressaltando a influência que esse processo exerce sobre o acesso aos medicamentos, comprometendo a concretização do acesso universal e igualitário. Utilizando técnica preconizada pela pesquisa qualitativa, foram realizados grupos focais com os usuários do Hiperdia nas unidades básicas de saúde de Juiz de Fora, Minas Gerais. O estudo enfatiza a percepção que esses usuários têm de seus direitos em relação ao acesso aos medicamentos essenciais. Nesse processo, investigam-se suas crenças, saberes, atitudes, dificuldades, medos, dúvidas, anseios com relação ao uso dos medicamentos essenciais, bem como a visão sobre a(s) doença(s) que os acomete(m). Entre os resultados alcançados, evidenciou-se que a maioria dos usuários das unidades básicas de saúde não se considera portador de direitos e que o acesso aos medicamentos como direito social garantido constitucionalmente está longe de ser efetivado no cotidiano do serviço público de saúde brasileiro.
Resumo: este artigo discute a experiência brasileira de regulação em saúde no período de 1999 a 2008. Buscou-se compreender as interfaces do processo de regulação em saúde no Brasil, sobretudo com o setor farmacêutico, identificando, historicamente, os atores e contextos referentes a esse processo. a pesquisa baseou-se na revisão bibliográfica e no levantamento das resoluções da diretoria colegiada da agência nacional de Vigilância sanitária. esse levantamento permitiu identificar a concentração dessas resoluções nas subáreas: medicamentos, recursos humanos e alimentos. no tocante à subárea medicamentos, a concentração se deu em três descritores: registro de medicamentos, boas práticas e substâncias sujeitas a controle especial. além de fazer uma síntese histórica da evolução da vigilância sanitária brasileira, o artigo focalizou os aspectos regulatórios da agência nacional de Vigilância sanitária e sua relação com a indústria farmacêutica. Portanto, o texto pautou-se pela pretensão de dar resposta à seguinte questão: será que a experiência de regulação da agência nacional de Vigilância sanitária está apta a enfrentar o cenário adverso gerado pela nova crise mundial, especialmente no que se refere ao setor farmacêutico? a principal conclusão do trabalho é de que, apesar dos muitos desafios a serem superados pela agência nacional de Vigilância sanitária no Brasil contemporâneo, a experiência de regulação avançou bastante nesta década. uma conclusão adicional é que esses avanços constituíram, para o setor farmacêutico, uma proteção face ao quadro adverso gerado pela crise mundial. Palavras-chave: saúde; regulação; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; vigilância sanitária; assistência farmacêutica; Brasil.
Os idosos frequentemente apresentam doenças que requerem a utilização de vários medicamentos. Assim, estes indivíduos têm maior probabilidade de apresentar problemas relacionados ao seu uso, incluindo reações adversas, automedicação e uso incorreto. O objetivo deste trabalho é relatar as atividades de educação em saúde, com enfoque no uso racional de medicamentos, desenvolvidas com um grupo de apoio à terceira idade conduzido pelo Serviço Social do Comércio (SESC) de Governador Valadares. As intervenções foram feitas através de ações individuais e coletivas conduzidas por professores e estudantes do Núcleo de Estudos da Pessoa Idosa (NEPI) da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares. Individualmente, os idosos responderam a um questionário estruturado para caracterização do perfil socioeconômico, demográfico, de saúde e uso de medicamentos que contribuiu para direcionar o planejamento das ações coletivas. As atividades coletivas foram realizadas através de jogos de tabuleiro, feiras, oficinas e rodas de conversa que abordaram temas incluindo automedicação; armazenamento e descarte de medicamentos; adesão ao tratamento medicamentoso. A experiência relatada promoveu impacto positivo no conhecimento dos idosos sobre o uso racional de medicamentos que pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dessa crescente parcela da população. Além disso, as atividades possibilitaram uma importante troca de saberes que colabora na formação dos estudantes e os tornam mais conscientes às questões relacionadas ao envelhecimento e a saúde dos idosos.
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