A Estratégia como Prática tem sido contemplada nos estudos da estratégia, conquistando espaço nos estudos organizacionais. A aproximação da teoria social com as perspectivas interpretativistas se estendeu aos estudos organizacionais. Na mesma via dos estudos organizacionais interpretativistas e construtivistas, pode-se dizer que os estudos em S-as-P vêm ganhando maior espaço no meio acadêmico, dentro do qual é possível perceber vários debates teóricos com contribuições das mais variadas vertentes do pensamento social. Esta constatação conduziu ao questionamento de como se encontra sua produção, levando ao objetivo principal mapear a produção acadêmica desta nova área identificando procedimentos metodológicos, teorias e abordagens complementares, países e períodos de maior e menor publicação, bem como a leitura do nível organizacional observado pelos estudiosos das organizações. Para esta pesquisa foi realizado um mapeamento dos principais periódicos internacionais, tomando como ponto de partida os principais indexadores da área de Administração, bem como foi analisada a produção científica no Brasil através da análise dos periódicos correntes em nosso país. Houve uma contribuição em obter um panorama da produção científica indexada nas principais bases de dados, no qual puderam ser identificadas quais teorias e metodologias têm sido complementares aos estudos desta vertente, produzindo questionamentos relacionados à agenda de pesquisa, à aproximação desta abordagem com teorias interpretativistas e construtivistas e ao delay entre a produção brasileira e outras produções situadas nos principais indexadores da área. A importância desta análise consiste em nortear novos pesquisadores deste campo, bem como posicionar aqueles que já vêm estudando a temática.
Este artigo tem como objetivo analisar a rentabilidade de empresas sustentáveis e insustentáveis por meio da comparação do desempenho do ISE e do Ibovespa, que respectivamente, servirão como indicadores do desempenho médio dos segmentos citados, entre 2009 e 2018. O desenho metodológico é baseado em um modelo descritivo estudo do retorno médio das carteiras de ações do ISE e Ibovespa, no período de 2009 a 2018. Os procedimentos de análise consideraram medidas de retorno médio, desvio padrão e Índice de Sharpe. Com base nos resultados da amostra, o principal achado é que investir em empresas com base nas premissas do TBL é um pouco mais vantajoso do que investir em empresas neoclássicas, pois elas retornam ao investidor maiores retornos pelo mesmo montante de risco. Além disso, concluímos que desde o início de 2011 o desempenho do ISE superou o do Ibovespa, e nos anos seguintes seu desempenho foi consideravelmente superior ao anterior. A primeira implicação ou limitação está relacionada à possibilidade de isolar e analisar empresas que participam de ambos os índices, para melhor avaliar o desempenho de cada acompanhamento. Outra implicação é que não foram encontradas razões científicas para explicar porque o desempenho do ISE foi considerado consideravelmente superior ao do Ibovespa, o que pode abrir outro caminho para analisar esse fenômeno de acordo com a percepção de risco de empresas não sustentáveis. Este artigo oferece contribuições específicas em termos de desempenho na comparação do ISE e do Ibovespa. Além disso, nossos achados abrem a discussão sobre o desempenho da firma quando sustentável ou não sustentável, o que permite trazer aspectos teóricos relacionados à aceitação do risco.
<p>Este artigo aborda o conceito de <em>state-corporate crime</em> com o objetivo de oferecer uma agenda de pesquisa para estimular conversações de pesquisa sobre a produção de crimes corporativos pela interação entre corporações de negócios e agências do Estado. Depois de apresentar a revisão da literatura sobre o tema, estruturamos a agenda de pesquisa para o contexto brasileiro, com base na subclassificação do <em>state-corporate crime</em>: crimes facilitados pelo Estado; e crimes iniciados pelo Estado. Com base na matriz sociológica de Morgan e Burrell (1979), articulamos as duas classificações com duas perspectivas (crítica e instrumental), resultando em quatro pontos focais representados nos quadrantes: regimes de permissão; regulação estatal deficiente; Estado criminoso; e Estado como polícia.</p>
ResumoO campo dos estudos em estratégia tem evidenciado algumas mudanças na condução das investigações, buscando formas alternativas de compreender a realidade organizacional sem se pautar no paradigma hegemônico. Este feito acompanhou um movimento comum às ciências humanas, movimento este que questiona o paradigma moderno buscando o amadurecimento de elementos considerados alternativos na ciência tradicional. Visto isso, o presente ensaio objetivou conduzir uma discussão paradigmática da Estratégia como Prática, tratando-a como um enfoque alternativa aos estudos da estratégia por trazer elementos que destoam do paradigma vigente. Para conduzir o debate, é apresentado primeiramente o paradigma vigente e sua crise para compreender os fenômenos em suas novas demandas, realizando uma revisão dos aspectos centrais do paradigma funcionalista bem como suas lacunas deixadas durante o processo de investigação do fenômeno social. Em seguida, são apresentadas as novas demandas dos estudos em estratégia que passam a exigir um novo olhar do fenômeno organizacional. Desta discussão, conclui-se que o apoio de um paradigma alternativo propicia um rompimento com a forma como vem se desenvolvendo o campo da estratégia.
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