RESUMOO presente estudo tem por objetivo avaliar dos reflexos econômico-financeiros dos incentivos à inovação da FINEP nas empresas de capital aberto do Brasil. Caracteriza-se como descritivo e se baseia em uma amostra de 37 empresas contempladas com incentivos da FINEP no período de 2008 a 2012. Constatou-se que os incentivos da FINEP causaram diferentes reflexos no desempenho econômico-financeiro das empresas, com efeito mais favorável às organizações inovadoras, quando comparadas com as não inovadoras. A análise dos índices de rentabilidade revelou que, diferentemente do esperado, apenas o giro do ativo das entidades melhorou após o recebimento dos incentivos à inovação. Palavras-chave: Incentivos governamentais. Inovação. Desempenho empresarial.
Sob os preceitos da Teoria da Agência, o estudo tem como objetivo geral analisar a relação entre a estrutura de propriedade e os investimentos em P&D nas empresas de capital aberto do Brasil. Para tanto, foram avaliados dados de 66 empresas referentes ao período de 2009 a 2012 por meio da Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e da Regressão Linear Múltipla com utilização de dados em painel. Por meio da ACM, investigou-se a relação entre a estrutura de propriedade-concentração acionária e identidade do acionista controlador-e os investimentos em P&D. Dentre os achados, convém destacar que as empresas sob controle estrangeiro ou familiar registram alta concentração acionária, apresentando elevados investimentos em P&D. Quanto à Regressão Linear Múltipla com utilização de dados em painel, foi possível verificar que a concentração acionária não influenciou os investimentos em P&D. Entretanto, foi possível verificar que a presença de acionista controlador estrangeiro ou estatal pode influenciar os investimentos em P&D. De modo complementar, foram encontradas evidências empíricas do efeito de características específicas das empresas, como o tamanho e o setor de tecnologia da informação como atributos que podem, de fato, influenciar os investimentos em P&D. Nesse sentido, pode-se concluir que há uma relação da estrutura de propriedade com os investimentos em P&D. O estudo possibilita a pesquisadores e profissionais a percepção de que as decisões dos gestores e proprietários, no que concerne aos investimentos em P&D, podem ser influenciadas por diferentes configurações da estrutura de propriedade em mercados emergentes. Palavras-chave: Teoria da Agência, estrutura de propriedade, investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
No contexto da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) a vertente responsabilidade ambiental tem tido importância crescente. A legislação local de cada país coaduna para essa questão alinhando-se às diretrizes internacionais. No Brasil, empresas e Governo começaram a atentar para o assunto através de iniciativas que provoquem ajustes operacionais internos, bem como a participação em atividades externas que visem a preservação ambiental. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise da Responsabilidade Ambiental das empresas no Brasil, observando possíveis efeitos da legislação sobre a responsabilidade socioambiental o que indicaria que o efeito regulatório é também uma realidade no país. A partir de indicadores de Responsabilidade Ambiental, referentes às ações ambientais internas e externas das empresas, fez-se uma avaliação comparativa desta vertente da RSC com as demais, avaliou-se comparativamente a Responsabilidade Ambiental entre setores considerados com maior potencial de impacto ambiental, de acordo com a Lei n°10.165/2000, e, se a promulgação deste instrumento legal pode ter interferiu na intensidade da Responsabilidade Ambiental no Brasil. Os resultados mostraram que as empresas brasileiras apresentaram indicadores de Responsabilidade Ambiental mais elevados após o advento da Lei n°10.165/2000 e que empresas de setores classificados pela referida Lei, como mais ambientalmente impactantes, têm indicador de responsabilidade ambiental superior. Tais resultados indicam que, de fato, parece haver um efeito positivo do fator regulamentação para a responsabilidade ambiental no Brasil.
Este estudo teve por objetivo identificar a relação entre as práticas de governança corporativa e o desempenho nas empresas de capital aberto do subsetor construção e engenharia, do setor construção e transporte, da BM&FBovespa. Para tanto, reúne dados financeiros de 30 empresas, referentes a 2013, coletados no website da BM&FBovespa e na base Economática ®. No que tange à governança corporativa, foi utilizado um índice calculado a partir de um checklist proposto pela literatura, também referente a 2013. Os resultados da pesquisa mostram que o índice de governança corporativa influencia positivamente o desempenho empresarial-econômico (ROE), operacional (Ebtida/Ativo) e de valor (Q de Tobin). Desse modo, o estudo oferece evidências empíricas do impacto da governança corporativa no desempenho empresarial no subsetor construção e engenharia da BM&FBovespa, sugerindo que as boas práticas de governança corporativa são fundamentais para a organização, devendo, portanto, ser encorajado o interesse dos investidores e de outros stakeholders.
Este estudo verifica o teor e o nível de evidenciação das Subvenções e Assistências Governamentais (SAG) nas demonstrações contábeis de empresas brasileiras beneficiadas pela Financiadora de Estudos e Projetos [FINEP], entre 2008 e 2015. O CPC 07 exige que as empresas divulguem a política contábil, a natureza e os montantes das subvenções governamentais, bem como as exigências que devem ser satisfeitas pelas empresas. Das 1.992 empresas beneficiadas no período, apenas 48 são de capital aberto e, consequentemente, publicam demonstrações contábeis no site da Bolsa, Brasil e Balcão [B3]. Utilizou-se análise de conteúdo, em que foram coletados dados cadastrais, setoriais, financeiros e contábeis das empresas, inclusive informações gerais das SAG. As informações relativas aos projetos financiados e/ou subsidiados foram obtidas no site da FINEP. A verificação do recebimento da SAG considerou as orientações do CPC 07 (2008) e de sua posterior revisão, CPC 07 – R1 (2010), que apresenta os oito itens sujeitos à divulgação. Observou-se que 71,2% das empresas da amostra evidenciaram o recebimento de SAG. O ano de 2009 foi o mais representativo, os outros 28,8% da amostra não demonstraram o recebimento de SAG, mas realizaram menção explícita quanto ao CPC 07. Conclui-se que, apesar da menção do CPC 07, parte representativa das empresas da amostra não divulgou as informações referentes às SAG, no período de 2010 a 2015, identificando maior evidência, somente, no ano de 2009.
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