Propõe-se, aqui, analisar possíveis implicações do princípio da diversidade humana aplicado à pedagogia da inclusão das pessoas com necessidades especiais na escola especial e serviços comuns da sociedade. Para tanto, são analisadas as características do conhecimento, dos sujeitos e das interações, nos dias atuais. Apontam-se alguns limites da chamada Sociedade Inclusiva e, ao mesmo tempo, fornecem-se indicações para quem se interesse em contribuir com a organização de práticas cooperativas e valorizadoras das diferenças e das possibilidades.
RESUMOEste artigo busca compreender as relações entre Estado, educação e as pessoas com necessidades educacionais especiais, bem como as perspectivas das políticas educacionais a partir dos anos 90 e a construção da qualidade em educação. Do ponto de vista teórico-metodológico, as pessoas com necessidades especiais são tomadas como sujeitos da história, tendo em conta suas possibilidades e seus limites para intervenção nas políticas públi-cas para a educação no Brasil e na América Latina. A análise das novas formas de exclusão resultantes do neo-economicismo liberal é considerada condição fundamental para a compreensão do lugar, posição, valor, direitos das pessoas com história de deficiência e, ao mesmo tempo, os princípios, finalidades e ideologias implícitas e explícitas nas políticas educacionais e sociais. A qualidade da educação e as novas funções a serem exigidas da educação especial necessitam ser pensadas à luz desse contexto de reformulação do papel do Estado, reestruturação dos processos produtivos, globalização econômica, financeira e cultural. Enfim, este trabalho situa a Educação Especial e os sujeitos com necessidades especiais social, econô-mica e politicamente, considerando os papéis que vêm sendo chamados a desempenhar nesse contexto de reestruturação produtiva, de flexibilização e fragilização das instituições e dos serviços públicos.
Relevante para os processos de ensino e aprendizagem, a afetividade (affectus, em latim), pode ser compreendida como um sentimento, estado da alma, ocorrendo simultaneamente no corpo e na mente, influenciando diretamente na potência de agir, sendo diminuída, estimulada ou bloqueada na prática de uma determinada ação. Para Vygotsky, a emoção, o pensamento e a vontade se relacionam às funções psicológicas superiores. No labor educativo, a afetividade se materializa com a mediação do conhecimento na relação horizontal professor-aluno-objeto, em todos os níveis de aprendizado. Este trabalho analisa a dimensão da afetividade a partir da concepção sociointeracionista de Vygotsky, em produções científicas no interstício 2006-2016, presentes na Capes Periódicos e SciELO. Os pressupostos vygotskyanos permitem ao docente maximizar as ações e promover aprendizagens significativas, pautadas no arcabouço histórico cultural, no papel do mediador e nas relações sociais.
O presente estudo analisa a utilização do laboratório de informática, avaliando dificuldades, dilemas e pontos de tensão enfrentados tanto por alunos quanto por docentes. Realizou-se uma pesquisa sobre a temática mediante coleta de dados por meio de questionários aplicados aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, discentes de um estabelecimento de ensino público estadual, localizado em São José dos Pinhais-PR, e seus respectivos docentes, visando obter a as dificuldades, dilemas e pontos de tensão no uso do laboratório de informática. As análises apontam, principalmente, para impeditivos de infraestrutura no tocante à utilização do laboratório, tais como: equipamentos obsoletos e conexão de internet insuficiente, além do incipiente conhecimento sobre tecnologias, tanto por parte dos alunos quanto dos professores; resultados de políticas públicas de inclusão digital, interrompidas e atreladas a mandatos de governo, não havendo continuidade na troca de gestão, sendo necessário o compromisso permanente de inclusão digital e formação docente para o uso das tecnologias em ambientes escolares.
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