ResumoO artigo se propõe a efetuar uma revisão da produção brasileira sobre expressões de racismo em livros didáticos. Baseando-se em estados da arte já publicados e no original (como o de Baptista, 2002), o artigo analisa a produção brasileira sob dois ângulos: publicações que enunciam o racismo em livros didáticos; e publicações que referem-se ao combate ao racismo em livros didá-ticos. Num percurso histórico, os autores procuram indicar aspectos comuns ao conjunto de análises já produzidas sobre o tema, as lacunas que vêm permanecendo e a diversidade de enfoques teórico-metodológicos sobre os quais elas têm se apoiado. Concluem analisando as principais ações que vêm sendo desenvolvidas tanto pelo movimento negro como pelos órgãos oficiais para combater o racismo nos livros didáticos, tais como o programa Nacional do Livro Didático e a recente Lei n o 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, no ensino fundamental.
Palavras-chaveEducação e raça -Discurso racista -Combate ao racismo -Livros didáticos.
RESUMO As ações afirmativas de promoção da igualdade racial ressignificaram a luta pelo direito à educação no Brasil. A entrada de sujeitos pertencentes a coletivos diversos e historicamente tratados como desiguais no ensino superior, a presença de pessoas negras nos concursos públicos da administração federal por meio da implementação das cotas raciais, as várias iniciativas de ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas da Educação Básica, bem como os direitos garantidos no Estatuto da Igualdade Racial, têm feito emergir diversos conhecimentos e experiências produzidos pelos sujeitos negros nas suas vivências políticas, sociais e culturais. Tudo isso tem transformado a ciência, a educação e a sociedade.
Resumo O artigo discute a distribuição por cor/raça de docentes e discentes nos programas de pós- -graduação stricto sensu da Universidade Federal do Paraná (UFPR), analisando a extensão da hegemonia branca e em que medida a população negra conseguiu ascender ao espaço da pós-graduação. Nos três níveis acadêmicos (doutorado, mestrado acadêmico e mestrado profissional), há sub-representação da população negra nos corpos discente e docente. No corpo docente, espaço de poder acadêmico, a sub-representação de negros é maior e sua presença é residual ou praticamente inexistente em alguns programas. Os dados demonstram a alta desigualdade racial nos programas de pós-graduação stricto sensu da UFPR, o que justifica a criação de políticas de ações afirmativas em seus outros níveis acadêmicos além da graduação.
RESUMOEste artigo foi preparado a partir da pesquisa Educação e Relações Étnico--Raciais: o Estado da Arte, trazendo análise sobre a categoria "ações afirmativas". Na primeira parte são analisados dados das publicações identificadas, 94 artigos e 69 teses e dissertações. Os artigos tiveram aumento gradativo até 2012, com diminuição em 2013 e 2014; maior concentração nos estratos de avaliação qualis mais altos; publicados em revistas das regiões Sudeste e Centro-Oeste e distribuição de gênero de autoria equilibrada. As 54 dissertações e 15 teses tiveram aumento gradativo até 2011, com diminuição principalmente em 2013 e 2014; dispersão de programas e orientadores com concentração na Região Sudeste, seguida das Centro-Oeste e Sul. Na segunda parte apresenta-se uma síntese analítica dos 94 artigos e seus argumentos e resultados. Foram discutidos os temas recorrentes (argumentos sobre políticas afirmativas e estudos sobre experiências específicas os mais frequentes), temas emergentes e lacunas. O tema das políticas afirmativas na educação brasileira apresenta, nos artigos publicados em revistas da área de educação, um campo que foi crescente e com análises relevantes. Existem muitos temas a serem abordados pela pesquisa, em especial apontamos: as políticas afirmativas na pós-graduação e na docência; maior investimento em estudos sobre permanência, sobre mudanças nas universidades e polí-
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