Um diagnóstico físico-ambiental pode auxiliar no entendimento dos mecanismos que atuam nas áreas naturais e antropizadas, permitindo orientar as atividades a serem desenvolvidas, de maneira a subsidiar ações preservacionistas e conservacionistas, evitandose intervenções irreversíveis e conservando os recursos naturais da região. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar a Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Espírito Santo (BHRES), em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, através de um diagnóstico físico ambiental para identificação da vulnerabilidade à erosão superficial, utilizando como ferramentas parâmetros morfométricos, declividade do terreno, uso/cobertura do solo e tipo de solo na região. Apesar de a BHRES ser eminentemente rural, suas características morfométricas, declividade, uso/cobertura e tipo de solo indicam alta vulnerabilidade à erosão superficial, demandando que se adotem ações mitigadoras para preservação das áreas de regeneração da vegetação arbórea, bem como planejamento do manejo de plantações florestais e pastagens, de forma a conservar os corpos hídricos, controlar o crescimento da silvicultura na região, minimizar áreas de solo exposto e gerenciar o crescimento urbano e industrial, uma vez que esta bacia abriga um dos mais importantes mananciais de abastecimento de Juiz de Fora. Palavras-chave: cobertura do solo, morfometria, zoneamento ambiental.
Resumo Um dos desafios enfrentados pelo Estado brasileiro ao longo do século XIX foi a definição da área dos municípios emancipados em número crescente em especial a partir da década de 1830. Por conseguinte esse número ascendente de municípios passou a exigir maior rigor quanto à demarcação de seus territórios. Contudo o modo como eram estabelecidos os limites municipais nesse período constitui um problema considerável. Este artigo tem por objetivo discutir as dificuldades que envolvem a demarcação do território dos municípios brasileiros no século XIX, por meio do estudo de um exemplo concreto em Minas Gerais.
Este artigo apresenta alguns resultados de várias pesquisas que temos desenvolvido sobre a Geografia Histórica de Juiz de Fora, especialmente sobre sua formação e organização territorial. O recorte temporal adotado refere-se à década de 1850, quando o município conquista sua autonomia político-administrativa e tem início seu efetivo processo de urbanização. Em meio aos grandes recursos disponibilizados pela crescente cultura cafeeira, a nova localidade se desenvolve, mas convivendo com vários problemas ligados à salubridade e à higiene, comuns às cidades brasileiras desse período. Aqui são destacadas as ações desenvolvidas pela Câmara Municipal com vistas à melhoria das condições gerais de saúde pública, avaliando-se especificamente o conteúdo dos primeiros Códigos de Posturas do município (o de 1853, quando Vila e o de 1858, quando Cidade), que se constituíram nos principais instrumentos legais utilizados para disciplinar a questão. Essas primeiras posturas municipais se caracterizaram pela busca da melhoria das condições de saúde da população, pela intervenção direta nos seus hábitos e costumes, e por seu caráter extremamente punitivo.
A área urbana do Município de Juiz de Fora já passou por múltiplas divisões territoriais, quase todas incompatíveis entre si. Esse cenário tem provocado indecisões em relação a qual referência espacial deve ser adotada para tratar a compartimentação intraurbana do município, gerando dúvidas tanto para a população quanto para os próprios agentes municipais. Dessa forma, neste artigo são apresentadas, cronologicamente, as distintas propostas legalmente consolidadas a cerca das divisões territoriais da área urbana, evidenciando suas principais características, objetivos e seus respectivos problemas. Espera-se que esse trabalho possa contribuir para um melhor entendimento dessas regionalizações e tornar sua compreensão mais clara.
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