Com o fechamento das escolas em 2020, surgiu a necessidade de ressignificar as atividades de ensino para modelos não presenciais e, consequentemente, adaptar as formas de avaliação. Os professores se viram obrigados a se reinventar, buscando estratégias diversificadas e, até mesmo, insubordinadas, no sentido criativo sugerido por D’Ambrosio e Lopes (2015), para ensinar e avaliar. A questão que afligiu diversos professores, ‘como avaliar à distância?’ nos fez refletir em uma questão antiga, mas ainda atual, ‘para que avaliar?’. As concepções de avaliação atravessaram o século passado, constituindo quatro gerações: a avaliação como uma medida, uma descrição, um juízo de valor e a Geração da Avaliação como Negociação e Construção. As três primeiras são alicerçadas no paradigma psicométrico de avaliação, no qual há uma tendência de a avaliação centrar-se mais nos resultados ou nos produtos do que no processo de aprendizagem. A quarta geração pode ser apresentada como uma avaliação insubordinada, pois está relacionada com o feedback formativo e com a dupla diversificação avaliativa. Assim, este trabalho também apresenta práticas avaliativas insubordinadas dentro da sala de aula tradicional e dentro de ambientes virtuais de aprendizagem, revelando que é possível sair do paradigma positivista, e transformar a avaliação da aprendizagem em uma avaliação para a aprendizagem, mais construtivista, mais dialógica, mais inclusiva. Avaliar para aprender pode ser uma utopia no sentido freiriano da palavra, mas não há nada mais insubordinado do que sonhar.
Neste artigo é discutida a aplicação em sala de aula de uma estratégia didática baseada em análise de soluções. O experimento foi desenvolvido em escola pública no Estado do Rio de Janeiro, como parte da revisão de frações usualmente realizada no sétimo ano do Ensino Fundamental. São apresentadas resoluções desenvolvidas por alunos, quando solicitados a analisar soluções para questões relativas à adição e subtração de frações desenvolvidas por seus colegas. Os resultados indicam que alunos, trabalhando em grupos, de modo geral são capazes de reconhecer erros cometidos por seus colegas, elaborar justificativas para suas respostas e refazer corretamente as soluções incorretas que lhes foram apresentadas.
O exame ou prova se configura no principal instrumento avaliativo utilizado por professores dematemática. Tal instrumento está enraizado em nossa cultura educacional, sendo concebido a partirde uma filosofia positivista que atesta um caráter imparcial, neutro e justo à avaliação escolar. Noentanto, estudos relacionados a docimologia fornecem resultados que contestam tal senso de justiça.Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa de multicorreção realizada comlicenciandos em matemática e, posteriormente, professores formados e atuantes. Os resultadosobtidos revelaram o caráter subjetivo da correção de provas discursivas de matemática.Primeiramente, forneceram indícios da existência do efeito halo, em que a ordem das questões aserem corrigidas influenciaria o resultado da correção. Posteriormente, a subjetividade foievidenciada pela grande amplitude de notas atribuídas a uma mesma prova tanto por licenciandos,com uma variação de “4,5 pontos”, quanto por professores, quando a amplitude de notas atribuídasteve uma oscilação de “3,5 pontos”. Também são discutidas tentativas de obter critérios para acorreção de questões abertas em avaliações em larga escala, que garantam a equidade dos códigosatribuídos. A partir da análise desses e de outros resultados, e dialogando com renomadospesquisadores da área, esse artigo problematiza a crença na justiça das avaliações escolares emmatemática e traz algumas reflexões pertinentes sobre o tema para pesquisadores, professores efuturos professores de matemática.
This article reports a Conversation Session presented at ICOCIME 2, discussing actions undertaken by three PhD students of the Post-Graduate Program in Mathematics Teaching (PEMAT), of the Federal University of Rio de Janeiro. Innovative evaluation proposals differ from traditional models, both in terms of the assessment of students’ performance, and in relation to the attitudes of the teachers responsible for the assignment of the grades. Commonly associated with tests, school assessments in mathematics are instruments with generally well-defined characteristics: individual, written, and time bounded. They are usually composed by single response questions and offer generic treatment to all students with the intention of being neutral. Usually applied at the end of a learning cycle, the tests are conceived in a positivist philosophy that attributes to this instrument a character of impartiality and justice. Insubordinate and creative proposals indicate the need to know the students involved in the process, in order to establish a meaningful teaching and learning relationship. In a critical and progressive perspective of the evaluation, it is necessary to consider democracy in the evaluating instrument to build bridges between teachers and students, avoiding the deviations of subjectivity and biases in the correction of the tests.
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