This article draws on an ethnographical study of indigenous Xakriabá boys, focusing on fieldwork that explores everyday practices that characterise the passage from domestic space to manhood through territory circulation. The hunt assumes an emblematic position in the learning process configuration that constitutes the male ethos of the Xakriabá. We review the unique arrangement of key practices, exploring their articulations and revealing learning processes developed both through the use of the scythe in agricultural work, and through hunting in the woods that surround the villages. Learning is explored as an inherent dimension of social practices. We highlight the relationships among different learning configurations in order to identify recurrent themes, such as peer interaction and co-responsability, which characterise particular ways of learning among the Xakriabá.
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil RESUMO O presente artigo busca estabelecer um diálogo mais estreito entre os campos da educação e da antropologia, no que se refere à investigação sobre a aprendizagem da criança indígena. Procederemos, dessa forma, sob dois enfoques: num primeiro movimento, buscamos maior interlocução com as contribuições dos estudos etnológicos sobre as populações ameríndias, principalmente aqueles que tratam do lugar social e da educação das crianças nas sociedades indígenas. O segundo movimento procura incorporar as contribuições dos estudos que analisam os processos de aprendizagem de práticas sociais. A síntese do diálogo entre esses dois campos será referência para a análise dos dados de pesquisa etnográfica desenvolvida sobre a participação e aprendizado de crianças Xakriabá nas práticas sociais da comunidade, especificamente sobre a participação dos meninos no espaço da casa, no trabalho e na roça, tendo a circulação destes pelo território como fio condutor da descrição etnográfica.PALAVRAS-CHAVE criança indígena; educação; participação; aprendizagem. PARTICIPATION AND LEARNING IN THE EDUCATION OF THE INDIGENOUS CHILDABSTRACT This article intends to establish a narrower dialogue between the fields of education and anthropology, regarding the investigation of the learning of the indigenous child. We will proceed, thus, with two approaches: initially, we seek a bigger interlocution with the contribution of ethnological studies about the Amerindian populations, especially those which deal with the social place and children education in indigenous societies. Secondly, we will attempt to incorporate the contributions of studies that analyze the processes of learning of social practices. The synthesis of this dialogue between the two fields will serve as a reference in the analysis of data of the ethnographic research developed about participation and learning of the Xakriabá children in the social practices of the community, specifically, the participation of boys in the household, in the farm work, having the circulation of those boys through the territory as the leading thread of the ethnographic description.
O artigo pretende discutir dados de duas pesquisas realizadas em diferentes capitais brasileiras – Fortaleza e Belo Horizonte – que abordaram o uso das áreas externas e o brincar em escolas de Educação Infantil. Considerando os diferentes contextos investigados, as análises mostraram a desvalorização no uso dos espaços externos pelas escolas em contraste com os desejos e necessidades das crianças. Posturas adultocêntricas por parte das professoras foram reveladas nas imposições de brincadeiras às crianças, nas tentativas de regulação dos corpos, espaços e materiais disponíveis nas áreas externas das instituições. As pesquisas também revelaram tentativas de ressignificação e problematização dos usos destes mesmos espaços.
O presente texto propõe-se a caracterizar os cuidados e a educação na constituição das corporalidades das crianças pequenas do povo indígena Xakriabá, Minas Gerais, Brasil. Do nascimento até quando estão maiores, por volta dos seis anos de idade, o cuidado e a educação das crianças Xakriabá ocorrem em seu grupo doméstico, entre as casas e os quintais. Analisamos as práticas de educação e cuidados embasados pela discussão sobre a noção de pessoa e fabricação do corpo, temas recorrentes nos estudos sobre crianças indígenas. As orientações quanto a práticas de alimentação, as massagens, os benzimentos e as simpatias revelam as noções do grupo sobre o desenvolvimento da criança frente ao ideal de corpo belo e saudável, o que envolve a participação da comunidade: mulheres, homens, outras crianças, parteiras, rezadores, benzedeiras, animais e coisas.
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