O trabalho analisou de maneira inovadora a aplicação da metodologia de Simulação Realística (SR) como estratégia didático-pedagógica da prática de educação empreendedora no ensino da ciência da administração. A justificativa se baseia na constatação que a metodologia de ensino predominante nos cursos de Administração é tradicionalmente conteudista e pouco estimula a criatividade e manifestações empreendedoras de forma prática. A pesquisa que subsidiou a realização deste trabalho pode ser caracterizada como de abordagem qualitativa, desenvolvido segundo o método de estudo de caso único, tendo por base a adoção da metodologia de Simulação Realística seguido de entrevistas semiestruturadas realizadas no campus da Universidade Federal de Viçosa. O universo estudado foi composto por dois grupos, um com estudantes de graduação e outro com estudantes do programa de mestrado, ambos em Administração da UFV. Os principais achados demonstram que a SR é um importante instrumento da prática docente capaz de contribuir de forma inovadora no processo de educação empreendedora nos cursos de administração. Portanto, conclui-se que houve êxito na experiência crítico-reflexiva da utilização de uma metodologia ativa como estratégia didático-pedagógica no processo de educação empreendedora no ensino da administração.
Com a determinação do Estado, por meio da Constituição Federal e do Estatuto do Garimpeiro, de que a concessão de lavra garimpeira seria concedida prioritariamente para trabalhadores organizados em Cooperativas, o Brasil viu crescer em mais de 500% o número de requisições de lavras feitas por cooperativas. No entanto, o cooperativismo mineral ainda e pouco conhecido tanto pelos órgãos de controle e apoio ao cooperativismo como pelos órgãos de regulamentação do setor mineral. As pesquisas científicas sobre o tema também são escassas. Nesta direção é que este trabalho se propõe a investigar o funcionamento das cooperativas minerais do estado de Minerais, com especial atenção a tripla natureza destas organizações: social, econômica e ambiental. Foram analisadas 14 cooperativas. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com dirigentes e representantes do poder publico local. Foi possível evidenciar que as cooperativas minerais não possuem um modelo de funcionamento homogêneo, embora os estatutos e atas de constituição sigam um padrão específico, cumprindo a obrigação legal do processo de formalização. No âmbito social percebeu-se que as cooperativas possuem quadro social diverso e sistemas de hierarquia entre os cooperados. A maioria das cooperativas não atuam na comercialização dos produtos minerais extraídos, ficando a cargo do cooperado. E no âmbito ambiental a pesquisa mostrou que as cooperativas enfrentam grandes dificuldades para lidar com as questões burocráticas da legislação ambiental que é inerente a sua atividade econômica.
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