Este livro fala de pessoas. De pessoas que brincam, correm, passeiam e se comunicam. Que são amadas, levam bronca, fazem tolices e surpreendem como qualquer um. Pessoas que podem ter mais interesse na roda de um carrinho, que no brinquedo em si, mas que são capazes de aprender outras formas de brincar, empurrando, colocando bonequinhos, abrindo e fechando a porta ou lavando-os com água e sabão. Pessoas que se comunicam gritando, chorando, falando, apontando, ou pegando na mão do adulto para mostrar o que querem, mas que podem ser ensinadas a apontar e trocar pictogramas impressos, ou expressarem seus interesses, desejos e necessidades, utilizando um comunicador ou dispositivo móvel. Pessoas que podem se sentir mais confortáveis sozinhas, mas que demonstrarão prazer em estar com quem as respeitem. Este livro foi escrito por pessoas que pesquisam, trabalham, convivem com pessoas com TEA-Transtorno do Espectro Autista. Fruto da discussão do II Simpósio sobre Ambientes de Aprendizagem para Crianças Autistas, que aconteceu em setembro de 2014 na Universidade Federal Fluminense, Polo Universitário de Volta Redonda, a obra envolveu um grupo de 15 autores de associações e universidades de várias regiões do país. Os temas abordados por psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, médicos e familiares trouxeram informações sobre o diagnóstico e a intervenção precoce, a compreensão da aquisição da linguagem e apresentaram as possibilidades terapêuticas e a legislação sobre autismo. Na área de educação e inclusão, mostraram a possibilidade do uso de ambientes virtuais de aprendizagem para estimular o letramento, registro de leitura de histórias infantis para o monitoramento do processo e a possibilidade do uso de jogos digitais com a criança com autismo. Finalmente, o livro trouxe à tona a difícil e morosa tarefa da remoção das barreiras atitudinais, barreiras que implicam mudanças culturais e comportamentais. Os idealizadores, o grupo de pesquisa e de extensão do projeto Ambiente Digital de Aprendizagem para Crianças Autistas, foram muito felizes ao imprimirem ao evento um caráter interdisciplinar. É de se aplaudir os esforços dos organizadores do livro, por terem conseguido reunir questões centrais como comunicação, interação e aprendizagem de pessoas com autismo, e pela possibilidade de disseminar informações, que auxiliarão a construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e humanitária Rio de Janeiro, janeiro de 2015.
Este livro é o resultado do IV Simpósio sobre Ambientes Digitais de Aprendizagem para Crianças Autistas (IV SAACA), evento bianual realizado pela Universidade Federal Fluminense campus Aterrado em Volta Redonda – RJ, que, em sua quarta edição, reuniu profissionais que trabalham com a temática do Autismo e possuem estudos e práticas de relevância na área. Como resultado desse trabalho, nosso interesse em partilhar suas perspectivas, estudos e saberes através deste livro, visa a alcançar um maior número de pessoas que se interessam pelo tema.
No abstract
No ensino inclusivo, tem se discutido que agentes educacionais devem estar devidamente capacitados para a prática educacional que alcance as mais diversas necessidades do aluno com deficiência. Para que se alcance esse feito, depende-se, cada vez mais, de formações práticas, através de protocolos de avaliação, que viabilize aos agentes educacionais o conhecimento da neurodiversidade que contempla seu aluno. O presente artigo tem como finalidade, avaliar o uso da Escala Pedagógica de Avaliação das Habilidades Sociais e Acadêmicas para Alunos com TEA - HaSA, através da experiência de uma formação continuada para capacitação de agentes educacionais de uma Unidade Municipal de Educação Infantil do Município de Niterói. A escala HaSA, foi elaborada como produto de conclusão do Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense com a finalidade de avaliar as habilidades de aprendiz do aluno com transtorno do espectro autista a partir de materiais já reconhecidos e validados. Participaram do estudo, a vice-diretora da unidade educacional, professores regentes, professores de apoio e professor de apoio especializado. A formação foi organizada através de uma introdução teórica básica sobre o TEA, apresentação da escala, sua aplicação e análise dos dados. Busca-se a partir do estudo da escala HaSA, inserir no contexto da educação, intervenções que tenham evidências de eficácia, integrando a experiência educacional com a melhor evidência externa, sendo respeitados os atributos necessários para que seja definido como evidência científica. São caminhos empíricos, potencialmente eficazes, até que se prove o contrário, capazes de transpor as barreiras da mera matrícula do aluno com TEA.
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