Este artigo aborda, de forma resumida, resultados de pesquisa realizada durante a dissertação intitulada Educação da Pessoa com Deficiência no Estado do Paraná nas décadas de 1970 e 1980: coexistência de atendimento em escolas públicas regulares e em especiais privadas/filantrópicas. Tem como objetivo compreender como o atendimento na área de educação especial foi oficializado pelo Estado, constituindo legalmente a possibilidade de oferta educacional em ambientes escolares públicos e privados/filantrópicos. O trabalho de pesquisa centrou-se em revisão bibliográfica de fontes primárias e secundárias existentes em instituições públicas, banco de dados de teses e dissertações e busca por registros documentais, como as Mensagens de Governadores apresentadas na Assembleia Legislativa do período investigado. O Estado do Paraná implementou ações relacionadas à Educação Especial, por meio de legislações estaduais que foram pautadas na Política do CENESP – Centro Nacional de Educação Especial. Deste modo, frente à concepção de pessoa com deficiência presente nas propostas de currículo destinadas para esse segmento, a expansão do atendimento em escolas especiais superou o atendimento no ensino regular.
O artigo aborda a formação continuada de profissionais que atuam na área da educação especial, desde a educação básica até o ensino superior, realizada por meio de atividade de extensão universitária, em parceria entre a Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais (PEE) e a Secretaria de Estado da Educação/Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), ambas de Cascavel, Paraná. O objetivo é refletir sobre a formação continuada de professores da educação básica à superior, bem como sobre a importância das atividades de extensão do PEE e do CAP nesse processo de formação. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, constituída de pesquisa bibliográfica e de campo. Na pesquisa bibliográfica, o foco de desenvolvimento das atividades de formação está fundamentado na Psicologia Histórico-Cultural e na Pedagogia Histórico-Crítica. Os resultados alcançados consistem na formação de professores que, a partir das reflexões propiciadas pelas atividades, compreendem as potencialidades das pessoas com deficiência no processo de desenvolvimento cognitivo, podendo favorecer o processo de inclusão educacional. Conclui-se que as atividades de extensão propiciadas pela parceria entre o PEE, vinculado à universidade, e o CAP, na esfera da educação básica, são elementos fundamentais para promover a formação continuada de professores por meio de reflexões que objetivam a superação de barreiras atitudinais e físicas às pessoas cegas e com baixa visão, ainda presentes no contexto educacional. PALAVRAS-CHAVE: Formação Continuada; Pessoa com deficiência; Ensino Superior.
O Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Deficiência, denominado Programa de Educação Especial (PEE) foi instituído pela Resolução nº 323/1997 – CEPE, de 21 de agosto de 1997. O PEE atua de forma articulada com as Pró-Reitorias de Graduação e de Extensão, junto aos Colegiados e Centros que possuem acadêmicos com deficiência/necessidades educacionais especiais (NEE). É constituído por servidores efetivos, professores e técnicos, professores temporários, alunos com deficiência matriculados nos cursos de graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, por estagiários e por membros da comunidade externa que representam as instituições de pessoas com deficiência. Os atendimentos aos acadêmicos com deficiência/NEE são realizados a partir da elaboração de um Plano Educacional Individualizado (PEI) que direciona as atividades dos docentes de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Além disso, o PEE também atua com cursos de formação de professores por meio de parcerias com os Centros de Apoio Pedagógico (CAP) municipal e estadual. Além da área educacional, o PEE participa de organizações em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, tais como APPIS – Associação de Políticas Públicas e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência, entidade vinculada ao Município de Cascavel, Acadevi – Associação Cascavelense de Deficientes Visuais de Cascavel, Fórum Municipal em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Comissão de Acessibilidade. Todas essas ações objetivam fortalecer o processo de inclusão em todos os níveis de ensino e ampliar as condições de acessibilidade em todos os espaços sociais. Em relação à divulgação das ações do PEE, os seus membros têm produzido dissertações, teses, artigos publicados em periódicos, participa de eventos e publicados livros relacionados à educação especial e inclusão. Dentre vários livros e capítulos de livros publicados, destaca-se a tradução e publicação da obra Fundamentos de Defectologia de L. S. Vigotski, publicado em 2019, na forma impressa e, em 2022, em pdf, pela editora da Unioete - Edunioeste, sendo disponibilizado de forma gratuita a educadores e pesquisadores da educação especial de diversas regiões do país. PALAVRAS-CHAVE: Educação superior; Educação Especial; Inclusão
RESUMO "Como se relacionar com a pessoa com deficiência" é um projeto que trata discutir questões relacionadas as barreiras atitudinais existentes entre pessoas com deficiência e as sem deficiência, principalmente no espaço da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, campus de Cascavel. É uma atividade que está voltada a formação humana na educação, no sentido de minimizar as barreiras atitudinais frente às pessoas com deficiências e ou necessidades educacionais especiais que frequentam a Unioeste na condição de servidores técnicos, de professores ou de acadêmicos. O objetivo é contribuir por meio de discussões e reflexões sobre as pessoas com deficiência ou necessidades especiais com a formação de acadêmicos, professores e técnicos, com a perspectiva de ampliar as possibilidades de mudanças do comportamento, manifesto por atitudes construídas a partir de concepção inadequada da pessoa com deficiência. Os conteúdos abordados nos encontros com os participantes explanam as principais características das áreas relacionadas as deficiências auditiva, visual e física/motora, estabelecendo a partir daí formas adequadas de relacionamento e interações sociais entre as pessoas com e sem deficiência. Os encontros são realizados de acordo com a demanda estabelecida nos colegiados e centro acadêmicos, respeitando o calendário de atividades docentes, sendo os conteúdos ministrados por exposição oral e por apresentação de vídeos. Os resultados alcançados nos anos de 2014 a 2016 foram satisfatórios, pois contribuíram com melhorias nas relações estabelecidas entre acadêmicos, professores e as pessoas com deficiências ou necessidades Declaração de Salamanca. Disponível em portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em 05 out 2013. Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Disponível em
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