Resumo: A recorrente necessidade de manipulação de fenômenos, símbolos e modelos no processo de ensino e aprendizagem de conhecimentos químicos faz com que a habilidade de compreensão de signos seja crucial. Tratando-se especialmente da educação de surdos, é por meio principalmente da visão que se estabelece o canal de comunicação dessas pessoas e esse fato torna o signo visual um elemento ainda mais importante e de grande interesse na área. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi o de reunir e analisar recentes publicações nacionais e internacionais que versam sobre semiótica e/ou multimodalidade no Ensino de Química para surdos. Para tanto, foi realizado um levantamento sistemático de um período de dez anos de publicação das principais revistas e periódicos da área de Ensino de Química, Educação de Surdos, Ensino de Ciências e Inclusão, empregando-se nesta busca uma combinação de descritores em português, inglês e espanhol. O resultado do levantamento bibliográfico revelou que, além de ser ínfimo o número de pesquisas que tratam do tema em pauta, esses demonstram a peremptória importância das práticas multimodais pautadas em recursos visuais para o desenvolvimento educacional do aprendiz surdo. Verificamos que as pesquisas apontam para a urgência do desenvolvimento de estratégias com esse viés, a fim de facilitar o acesso do surdo ao conhecimento científico.
O cinema pode ser uma ferramenta com potencial de promoção da cultura pessoal do estudante em cultura escolar. Para tanto, o professor adquire papel chave, assumindo papel mediador. No entanto falta à este apropriar-se do cinema como uma manifestação artística e técnica, portadora de uma linguagem peculiar. No Ensino de Ciências em particular, falta uma aproximação com conhecimentos da área de cinema que viabilizariam um olhar mais crítico sob a ciência no cinema. Nossas intenções residem em estabelecer uma aproximação com este quadro teórico, especialmente a teoria de linguagem cinematográfica de Marcel Martin que pressupõe uma tensão dialética entre espectador e filme. Encontramos neste conceito confluência com a teoria de mediação semiótica de Vigotski, possibilitando diálogos entre estas. Esta abordagem teórica aponta para caminhos pouco explorados pela pesquisa de Ensino de Ciência, possibilitando uma discussão em sala de aula de uma ciência mais humana e menos dura.
In this study we present, for the first time in the literature, a semiotic analysis concerning the forms of use of pictorial diagrams with square shapes and their physical molds, used by August Hofmann in a set of lectures, during the period he was in Great Britain teaching at Royal College. The methodology adopts for semiotic analysis the typology of the ten classes of Charles Peirce, and makes comparisons with other similar symbolic forms, used by John Daniell. The results reveal that the semiosis imposed by Hofmann on his squares suggests forms of use compatible with the Dicent Symbolic Legisign type. In the end, it is concluded that the suggested dicent aspect, emerging in Hofmann's pictorial diagrams uses, manifest an exordial form of presenting space as a component of the "chemical body" (as used in the studied references). Nesse estudo apresentamos, pela primeira vez na literatura, uma análise semiótica das formas de uso dos diagramas pictóricos com formas de quadrados e de seus moldes físicos, empregados por August Hofmann em um conjunto de lectures, durante o período que esteve na Grã-Bretanha ensinando no Royal College. A metodologia adota para análise semiótica a tipologia das dez classes de Charles Peirce, e realiza comparações com outras formas simbólicas semelhantes, usadas por John Daniell. Os resultados revelam que a semiose imposta por Hofmann aos seus quadrados sugere formas de uso compatíveis com a classe de signo do tipo legisigno-simbólico-dicente. Ao final conclui-se que esse aspecto dicente, encontrado nos diagramas pictóricos de Hofmann, manifestam uma forma exordial de apresentar o espaço como um componente do "corpo químico" (chemical body como usado nas referências estudadas).
Este artigo tem por objetivo descrever e analisar o desenvolvimento e os desafios de um programa de pós-graduação na área de ensino. O PEQui – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Química, do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) iniciou suas atividades com o mestrado profissional em 2014 e teve na sua avaliação parcial, para o quadriênio 2013-2016, conceito 3 da CAPES. Neste texto, a ênfase concentra-se nas atividades do programa no quadriênio 2017-2020: as linhas de pesquisa, a produção intelectual, o corpo docente, os egressos, a autoavaliação, os desafios enfrentados em tempos de pandemia e as perspectivas futuras.
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