A seção "Ensino de Química em Foco" inclui investigações sobre problemas no ensino de Química, com explicitação dos fundamentos teóricos, procedimentos metodológicos e discussão dos resultados. De um modo geral, poucas pesquisas sobre inclusão são encontradas diretamente relacionadas ao ensino de química. No ensino dessa ciência, que faz uso de símbolos (modelos, fórmulas e equações) para explicar fenômenos a partir de conceitos abstratos, existe uma urgente necessidade de elaboração de didáticas diferenciadas, voltadas para atender as particularidades da aprendizagem, em especial, do aluno surdo. Nesse viés, a pedagogia visual surge como forte aliada ao processo de ensino e aprendizagem não somente desses alunos, como também de ouvintes. Hoje, precisamos estar preparados, em todos os sentidos, para a heterogeneidade que encontramos em sala de aula. No afã de auxiliar o professor em seu trabalho inclusivo junto a alunos surdos, esse artigo vem relatar a construção e aplicação de sequências didáticas construídas com e para a inclusão de alunos surdos no ensino dos conceitos de balanceamento de reações químicas e estequiometria.
No Brasil, a presença de alunos com deficiência em sala de aula é fato irreversível e amparado por lei. A educação é dever do Estado e direito de todos e é cada vez maior o número dos que fazem jus a esse direito. Explica-se, por isso, o fato da ampliação do número de alunos surdos matriculados em escolas regulares. Porém, não se formam professores, sobretudo de química, capacitados para um trabalho eficiente junto a esses alunos. Esses profissionais têm chegado nas escolas despreparados diante das diversas necessidades educacionais especiais que ali encontram. Assim, o presente artigo tem como objetivo relatar a experiência advinda da aplicação de um minicurso que visou capacitar professores e fomentar discussões referentes ao processo de ensino e aprendizagem de química para alunos surdos. O minicurso, com duração de quatro horas, foi dividido em uma parte teórica e uma parte prática, e contou com quinze participantes. Como resultado, ficou evidente a carência por parte dos professores de informações referentes à educação especial – em particular do aluno surdo, e a necessidade que a temática seja de fato trabalhada a fim de dar um respaldo teórico à prática de professores.
Rethinking PIBID chemistry of UFJF through the understanding of the profile of students of partner schools. This study aimed at investigating the interests and expectations of high school students, coming from three participating Schools of PIBID Chemistry UFJF, on the teaching and learning process. This study aimed at the proposition of activities that could instigate the students and awaken in them an interest in chemistry and in the construction of knowledge. The survey approach involved in the application of a questionnaire consisting of 19 questions, 11 of which were significant for the subproject Chemistry Pibid. The data have been quantified and analyzed using the construction of graphics. The analysis and interpretation allowed a better understanding of the interests of the students inside and outside school, cultural habits, and the context in which they live. This understanding induced some rethinking about the ways of working in schools.
Resumo: A recorrente necessidade de manipulação de fenômenos, símbolos e modelos no processo de ensino e aprendizagem de conhecimentos químicos faz com que a habilidade de compreensão de signos seja crucial. Tratando-se especialmente da educação de surdos, é por meio principalmente da visão que se estabelece o canal de comunicação dessas pessoas e esse fato torna o signo visual um elemento ainda mais importante e de grande interesse na área. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi o de reunir e analisar recentes publicações nacionais e internacionais que versam sobre semiótica e/ou multimodalidade no Ensino de Química para surdos. Para tanto, foi realizado um levantamento sistemático de um período de dez anos de publicação das principais revistas e periódicos da área de Ensino de Química, Educação de Surdos, Ensino de Ciências e Inclusão, empregando-se nesta busca uma combinação de descritores em português, inglês e espanhol. O resultado do levantamento bibliográfico revelou que, além de ser ínfimo o número de pesquisas que tratam do tema em pauta, esses demonstram a peremptória importância das práticas multimodais pautadas em recursos visuais para o desenvolvimento educacional do aprendiz surdo. Verificamos que as pesquisas apontam para a urgência do desenvolvimento de estratégias com esse viés, a fim de facilitar o acesso do surdo ao conhecimento científico.
ResumoAtualmente, pensar no acesso do aluno com deficiência em sala de aula se faz essencial uma vez que todos têm o direito à educação e de estar presente de forma real na sociedade. Falando especialmente do aluno cego, este requer uma metodologia de ensino condizente com suas limitações e que valorize sua potencialidade. Assim, o objetivo desse trabalho é divulgar a experiência da confecção de uma Tabela Periódica adaptada para o Braille e que foi trabalhada em aulas de química junto a dois estudantes cegos, valorizando a história da descoberta dos elementos químicos e de sua organização até a Tabela atual. A partir dos resultados advindos dessa experiência ressaltamos que os alunos com deficiência visual necessitam de recursos didáticos e adaptações curriculares específicos para que possam participar ativamente da construção de sua aprendizagem e, para tanto, as abordagens da História da Ciência se mostram essenciais nesse processo.Palavras-chave: Inclusão; cegos; história da química.AbstractCurrently, thinking about disabled students' access to the classroom is essential since everyone has the right to education and to be present in society. Especially about the blind student, this requires a teaching methodology that is consistent with its limitations and that values its potentiality. Thus, the objective of this work is to divulge the experience of producing a Periodic Table adapted for Braille and that was used in chemistry classes with two blind students, valuing the history of the discovery of the chemical elements and of their organization up to the current Table. Based on the results of this experience, we emphasize that students with visual impairments need didactic resources and specific curricular adaptations so that they can participate actively in the construction of their learning and for this, the approaches of the History of Science are essential in this process.Keywords : Inclusive; blind; history of chemistry.
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