“…Ela está no centro de uma concorrência fortíssima de interesses e interessados de todas partes do globo. Se os investimentos externos diretos crescem de forma consistente, oriundos tanto das grandes empresas financeiras e produtivas, é também verdade que esses investimentos estão dirigidos por certa lógica de ocupação territorial e estratégica da África por grandes potências, instituições multilaterais e influentes grupos econômicos globais ancorados em bases estatais.‖ (Saraiva 2008) E, no caso dos Estados africanos, Saraiva (2010) afirma que a África como um todo deve superar quatro desafios históricos, quais sejam: primeiro, as -baixas taxas de alternância de poder dentro do continente‖ que induzem a -regimes dúbios e governos, passando por um processo de institucionalização muito lento‖; segundo, a -penetração do narcotráfico internacional‖ associada aos conflitos armados no continente, transformando a África em um corredor de tráfico de pessoas e drogas; terceiro, as barreiras da exclusão social e pobreza, apesar do significativo crescimento econômico nas últimas décadas; e, quarto, as políticas internas, por vezes sustentadas por -ajudas humanitárias‖ que mais promovem continuidades que estimulam mudanças, de certo modo, tornando -dependentes‖ as sociedades africanas de -soluções‖ exógenas a estes Países, minando a autonomia e efetiva independência desses povos.…”