Humanização No Acolhimento Aos Usuários Das Clínicas De Ensino Da Faculdade De Odontologia Da Universidade Federal Do Pará: Cinco Anos De Experiência De Um Projeto De Extensão

Abstract

RESUMOO objetivo deste artigo é relatar a experiência do Projeto de Extensão "A promoção de saúde e a humanização na espera pelo atendimento odontológico nas clínicas da Faculdade de Odontologia da UFPA" e seu impacto para a modificação do ambiente da sala de espera e acolhimento do usuário. As atividades realizadas pelo Projeto foram estruturadas para humanizar o acolhimento e promover aprendizado em saúde bucal, por meio de ferramentas facilitadoras, como: pôsteres, álbuns seriados, mesas demonstrativas, macromodelos e atividades lúdicas. O aproveitamento deste ambiente para o desenvolvimento de ações educativas é imprescindível na construção de conhecimentos, onde há troca de experiências e saberes, considerando a realidade sociocultural dessa população. O Projeto, no decorrer de cinco anos, conseguiu corresponder positivamente ao acolhimento dos pacientes, apresentando-se efetivo na transmissão de conhecimentos aos usuários, com resposta adequada à ansiedade do tratamento proposto, desenvolvimento de responsabilização no autocuidado e formação de sujeitos empoderados neste âmbito. Palavras-chave: ABSTRACTThe aim of this study is to report the experience of the outreach project "Health Promotion and Humanization in the Faculty of Dentistry at Federal University of Pará (UFPA) during the waiting period for dental care" and its impact on the waiting room environment and on welcoming users. The activities carried out through the project were structured to humanize the welcoming process and to promote learning about oral health using posters, flipcharts, demonstration tables, macro models and ludic activities. The use of that environment for developing educational activities is important for the construction of knowledge where there are experience and knowledge exchange, considering the socio cultural reality of that population. Over five years, the project contributed positively to improve the user embracement. It also provided knowledge to the users about their treatment as well as to dental self care, empowering them through education and prevention.

Uma revisão sobre o acolhimento na atenção à saúde de adolescentes

“…A separação de atendimento dessa população dos adultos confere aos jovens a autonomia, já que muitos preferem não ter a supervisão dos responsáveis nessas ocasiões (Richter & Mfolo, 2006). A construção de uma relação satisfatória pode ser favorecida com o uso da estrutura da recepção para o desenvolvimento de atividades, principalmente as de educação em saúde (Emmi et al, 2016). A educação em saúde é fortemente sensível na abordagem da saúde do adolescente que necessita de informações oportunas e confiáveis acerca de comportamentos próprios dessa faixa etária que apresentam risco para saúde (Richter & Mfolo, 2006).…”

“…O Acolhimento deve considerar o direito aos cuidados de saúde, o protagonismo dos sujeitos e ser solidário, universal e responsável pela resolução dos problemas de saúde do paciente (Hennington, 2005). Nesse momento, a troca de saberes entre o Research, Society andDevelopment, v. 10, n. 2, e58710212936, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12936 3 profissional de saúde e o indivíduo é fundamental para fortalecer a interação entre esses sujeitos (Emmi et al, 2016).…”

Atendimento Odontopediátrico na Clínica-Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG): perfil do paciente e necessidades assistidas

“…O presente estudo permitiu conhecer o perfil de crianças atendidas na Clinica Infantil II da UFCG, bem como, os fatores demográficos, motivos para consulta e necessidades de tratamentos. O conhecimento dessas variáveis é de suma importância para o planejamento e avaliação em saúde bucal coletiva, permitindo ao aluno conhecer a realidade em que o paciente se encontra, tornando o tratamento mais individualizado e resolutivo, otimizando seu prognóstico e consequentemente, resolvendo os problemas de saúde bucal dos pacientes atendidos 8 .…”

“…No presente estudo o comportamento positivo observado permitiu estabelecer uma boa comunicação e um grau de confiança de modo que as crianças cooperaram com o atendimento, embora o medo e a ansiedade estivessem presentes nas primeiras consultas. Para Emmi 8 o tratamento odontológico desperta medo e ansiedade no paciente, cujo temor à sensação dolorosa esperada é capaz de ocasionar traumas e falta de cooperação no momento do atendimento.…”

“…É oportuno lembrar que muitas vezes a procura pelos serviços é acompanhada de ansiedade, medo e outros problemas de ordem comportamental, estando a criança e sua família fragilizadas pela situação. Diante de tal quadro, é importante a abordagem do usuário, no caso a criança, com humanização no atendimento, acolhendo essa família em suas demandas, procurando a produção do cuidado na perspectiva da promoção de saúde 8 .…”