O Semiárido brasileiro sempre se mostrou uma realidade particular do restante do país, seja por suas condições únicas em termos físicos e naturais, que por si só já impõem dificuldades para a sua convivência, seja pelo descaso das políticas brasileiras com a região ao longo da maior parte de sua história. Nessa perspectiva, estudos voltados para a inovação social e a utilização de tecnologias em seus vieses apropriados e sociais, se apresentam como os mecanismos de geração de inovação capazes de colaborar para a diminuição de problemas socioambientais e econômicos que uma determinada região ou comunidade pode enfrentar. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou mapear a produção científica sobre inovação no Semiárido brasileiro. Partindo de um estudo documental que se utilizou da bibliometria, aplicada na base dados da Web of Science, em sua versão 5.34, e com dados coletados em julho de 2020, o estudo captou 64 produções científicas, as quais foram refinadas para artigos, chegando à um total de 60 artigos publicados. Na análise dos dados se evidenciou a grande concentração de estudos a partir de 2007, com a presença de pesquisadores brasileiros em sua totalidade, sendo a maioria financiada pelo CNPq e realizados por instituições de estado do Nordeste, onde a região Semiárida está em sua quase totalidade. Evidenciou-se ainda, uma concentração de estudos na área da agronomia, e os artigos mais citados sobre a temática voltados para a melhoria nos processos de cultivo de determinadas espécies de plantas ou criação de tipos específicos de animais, principais atividades da região. Por fim, o estudou evidenciou a pertinência do conceito de inovação para o convívio com o Semiárido, e sugere-se estudos futuros utilizando outros termos.