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Neste artigo analisamos programas e projetos da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), no período de 1995 a 2018, com o objetivo de compreender a gestão educacional e suas configurações em relação a espaços e formas de participação das comunidades escolares. A metodologia adotada foi o estudo documental apoiado em referenciais teóricos da análise de políticas públicas e no diálogo com literatura relativa à gestão educacional. Entre nossas análises e interpretações, destacamos que a gestão na rede paulista de ensino foi pautada por certo distanciamento do princípio constitucional de gestão democrática da escola pública e por aproximação com pressupostos gerencialistas. Nas relações da SEE-SP com as instâncias intermediárias e as escolas predominaram orientações práticas com vistas a resultados, em detrimento da participação da comunidade no debate sobre finalidades e concepções de educação escolar. Respaldada na racionalidade neoliberal, a SEE-SP se apropriou de releituras de termos como democracia, participação e autonomia, ressignificando seus conteúdos históricos, engendrados num contexto de luta por direitos e democratização da sociedade e da escola, a fim de legitimar formas de gestão baseada no controle para maior eficiência, nos termos da Nova Gestão Pública (NGP).
A gestão democrática da escola pública alçou status de princípio constitucional após muita luta e certo consenso de que uma sociedade democrática se faz com base numa educação democrática. Contudo, muitas vezes, a ideia e a prática de gestão democrática nas escolas públicas de educação básica, bem como nas instituições de ensino superior, ficaram restritas a um funcionamento formal das instâncias estabelecidas. Este artigo, cujos dados e análises advém de um projeto de extensão, tem como objetivo discutir o processo e os resultados de pesquisa numa escola da rede estadual de ensino de São Paulo. Trata-se de pesquisa-ação, na qual as práticas escolares têm sido objeto de problematização, com a finalidade de contribuir para democratização da organização e do funcionamento da escola. As análises foram realizadas a partir dos registros produzidos nos encontros mensais ocorridos na escola. Como referência teórica, foram mobilizados autores que discutem o conceito de democracia, e as possibilidades de sua realização na escola. Também, autores que discutem a escola como instituição social. O exercício de reflexão, envolvendo estudo e discussão, propiciou percepções e questionamentos sobre em que medida a comunidade escolar pauta suas ações cotidianas em princípios democráticos e suscitou mudanças nas práticas educativas.
A gestão e o financiamento da educação são temas abrangentes que abarcam diversos subtemas e perspectivas teórico-metodológicas. Este artigo tem por objetivo analisar os estudos de revisão sobre gestão e financiamento da educação quanto ao desenho metodológico e aos aspectos analisados pelos autores. Trata-se de um estudo de revisão, de abordagem qualitativa, com base em análise documental. O corpus do artigo compreende 12 produções que foram submetidas à leitura e análise integral. O estudo revelou a necessidade de maior diálogo dos autores com a literatura sobre os estudos de revisão, a importância da constituição de banco de dados, bem como a relevância de pesquisas coletivas desenvolvidas em rede para o avanço do conhecimento.
O objetivo deste artigo é analisar as formas de delimitação do objeto do conhecimento na produção científica em política educacional. Trata-se de uma investigação que tem por base o estudo de resumos de teses e dissertações sobre o tema, produzidas de 2000 a 2010 em programas de pós-graduação em educação no Brasil. Do universo de 1.283 pesquisas sobre política educacional, foram analisados 149 trabalhos que tratam de planos, programas e projetos. O estudo permite concluir que a política educacional pauta a agenda de pesquisa na pós-graduação e que a fragmentação das ações no setor público tem uma repercussão direta na produção de conhecimento na área.
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