Resumo: Tempos atrás, caminhando pelas ruas de São Paulo, deparei-me com um tipo de museu, os chamados Museus de Rua, localizados em pontos estratégicos de alguns bairros antigos da cidade. A curiosidade inicial transformou-se em uma investigação que analisou as duas versões das experiências com os Museus de Rua/Museus de Bairro que ocorreram no fi nal dos anos de 1970 e no fi nal dos anos de 1990, no município de São Paulo. Procurou-se evidenciar, ao longo desse estudo, a construção dos processos simbólicos que envolvem a constituição de memórias e identidades na inter-relação entre os gestores públicos e as comunidades-alvo das ações do Estado, bem como os projetos escolares de ensino de história que resultaram dessa iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.Palavras-Chave: educação, patrimônio, ensino de história, museus de rua.
COMEÇANDO A CONVERSAROs historiadores, no Brasil, só recentemente têm sido convidados a participar dos órgãos públicos que decidem sobre questões relativas ao patrimônio, memória e a educação patrimonial. Sempre foi privilégio dos arquitetos, e mais recentemente dos urbanistas, decidir sobre temas que precisariam de uma visão plural, tanto de especialistas de vários segmentos da sociedade, quanto das próprias comunidades envolvidas com os processos de tombamento e com as áreas escolhidas para serem depositário de memórias e identidades. Este poderia ser um dos cominhos para que a sociedade brasileira repensasse a tradição do patrimônio cultural restrito à pedra e cal e pudesse implementar deslocamentos na direção da democratização
O presente Dossiê, resultado da segunda chamada pública da Revista Brasileira de História da Educação, recebeu 45 propostas. Após avaliação, foram selecionados 11 artigos que demonstraram adesão ao edital e pareceres positivos dos avaliadores ad hoc. Os textos selecionados remetem à presença de investigações sobre os processos de independência em quatro países da América Latina (Brasil, Uruguai, Argentina e Venezuela), conduzidas por três professores estrangeiros (Espanha, Argentina e Uruguai) e dezessete pesquisadores brasileiros de seis estados (MG, RS, RJ, PE, RN e BA).
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