RESUMOO conhecimento acerca da aquisição dos constituintes fonológicos das crianças com alterações fonológicas é ainda relativamente escasso. Os resultados disponíveis na literatura provêm maioritariamente de estudos com tarefas que recorrem à repetição de pseudopalavras. Neste trabalho, foi usado como instrumento de recolha de dados o CLCP-PE, construído à luz da fonologia não linear, de forma a analisar o impacto das variáveis constituência silábica, acento de palavra, posição na palavra e extensão de palavra na produção de dois dos segmentos mais problemáticos no desenvolvimento fonológico em PE: /l/ e /ɾ/. Resultados de crianças portuguesas com desenvolvimento típico serão comparados com os de crianças com desenvolvimento atípico (PEL e PSF), de forma a discutir o uso de /l/ e /ɾ/ em diferentes constituintes prosódicos como potenciais marcadores clínicos em PE. Os resultados obtidos mostraram um efeito significativo de todas as variáveis testadas nas crianças com desenvolvimento típico, tendo sido evidente a presença do efeito das variáveis constituência silábica, posição na palavra e extensão de palavra nas crianças com desenvolvimento atípico. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento fonológico atípico, aquisição da fonologia, avaliação fonológica, constituintes prosódicos.
RESUMO Objetivo Adaptar listas de sentenças para avaliar o reconhecimento de fala em adultos. Método Foram atualizadas 200 sentenças balanceadas foneticamente que passaram por duas etapas de revisão. Na primeira etapa, foi enviado um questionário on-line para 60 juízes analisarem as sentenças em relação aos critérios de familiaridade, significado e previsibilidade. Para análise da consistência interna do questionário foi aplicado coeficiente Alfa de Cronbach. Na segunda etapa, três juízes especialistas analisaram se as mesmas estavam de acordo com os parâmetros indicados pela literatura para a construção de sentenças e organizaram em 10 listas de 20 sentenças cada, a fim de facilitar a avaliação clínica do reconhecimento de fala. Foi realizado um estudo piloto com três indivíduos jovens e normo-ouvintes. Resultados Na primeira etapa foram analisadas as respostas de 15 juízes que preencheram todo o questionário. Verificou-se que a concordância entre os juízes foi alta para todos os critérios. Foram indicadas 71 sentenças para serem modificadas na primeira etapa, sendo a previsibilidade o critério que teve maior ocorrência de modificação. Na segunda etapa foram identificadas mais 28 sentenças passíveis de ajustes, sendo a presença de nome próprio o critério mais frequente. No estudo piloto os jovens apresentaram alto índice de reconhecimento de fala. Conclusão Concluiu-se que a maioria das modificações realizadas nas sentenças deste estudo possibilitou a criação de um material fidedigno para a prática clínica fonoaudiológica que contribuirá na padronização da avaliação da percepção da fala de indivíduos normo-ouvintes e com perda auditiva.
Este artigo trata de um estudo de caso, em que é realizada uma análise dos dados de fala de uma criança de 5 anos de idade, com desvio fonológico, com o objetivo de aliar uma análise fonológica, mediada por um modelo representacional de base gerativa, a uma perspectiva objetiva, por meio da análise acústica. Em especial, discute-se acerca dessa possibilidade, a partir do estudo da produção da classe das fricativas, buscando, também, o aprofundamento da avaliação fonético-fonológica, enriquecendo a análise do sistema fonológico atípico da criança. Ao final, é feita uma discussão das vantagens de uma abordagem desse tipo para a terapia fonoaudiológica, bem como uma discussão em torno da viabilidade de uma análise dessa natureza.
RESUMONeste trabalho, é investigada, quantitativa e qualitativamente, a emergência da líquida lateral /l/ na fala de uma criança acompanhada longitudinalmente entre 1:9 (um ano e nove meses) e 2:4 (dois anos e quatro meses). Para tanto, foram analisadas trinta e quatro produções relacionadas à palavra /eStela/ e verificaram-se cinco variantes de realização, sendo elas:. Cada uma dessas variantes foi analisada qualitativamente, com base na trajetória dos formantes e na intensidade (energia) dos sons exibida nos espectrogramas, e quantitativamente, por meio da análise dos valores das frequências dos formantes e, sobretudo, através da diferença entre F2-F1, necessária à verificação do grau de posteriorização das laterais produzidas. A partir das análises dos formantes, foram constatadas produções intermediárias e gradientes na fala do sujeito na tentativa de aproximar-se do alvo -a lateral alveolar. Essas gradiências só puderam ser verificadas com base nas análises acústicas aqui detalhadas. Os valores resultantes da diferença entre F2-F1 nos auxiliaram na observação da produção do som-alvo, pois verificou-se que, quando a diferença entre esses dois formantes diminui, as produções aproximam-se da lateral alveolar. PALAVRAS-CHAVE: Fonética. Fonologia. Aquisição da linguagem.
Diversos estudos verificaram que a aquisição da linguagem por gêmeos ocorre de forma mais lenta do que por crianças não gêmeas (LURIA; YUDOVITCH, 1985; ZAZZO, 1978; RUTTER et al., 2003; RICE et al., 2014). Considerando-se tal constatação, este estudo descreve e analisa a aquisição da lateral alveolar por gêmeos dizigóticos, falantes monolíngues do português brasileiro (PB), a fim de verificar se ocorre atraso ou desvio nesse processo. Assim sendo, as tentativas de produções de /l/ em onset simples, realizadas pelos irmãos nas idades de 1:4 (um ano e quatro meses) a 4:0 (quatro anos), foram analisadas, atentando para os trajetos percorridos pelos sujeitos, sobretudo no que se refere às estratégias de reparo empregadas e à faixa etária em que adquiriram a lateral alveolar. De posse do percurso dos irmãos rumo à aquisição de /l/, os seus desempenhos foram comparados com os verificados na literatura e observou-se que os infantes apresentaram menos produções adequadas e, portanto, mais estratégias de reparo, principalmente no período entre 1:8 e 2:7. A partir de 2:8, no entanto, os irmãos manifestaram desempenhos semelhantes aos demonstrados na literatura, adquirindo a lateral alveolar dentro do que os estudos previram. Em linhas gerais, este estudo concluiu que os gêmeos não apresentaram atraso na aquisição da lateral alveolar. Observaram-se mais empregos de estratégias de reparo do que a adequada produção de /l/ nas faixas etárias iniciais. Apesar disso, as crianças equipararam-se com os dados da literatura, adquirindo /l/ entre 2:8 e 2:11.
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