O artigo faz uma breve discussão conceitual sobre a relação entre imaginação e infância, apontando alguns fatores considerados favoráveis à imaginação infantil: a arte, o tempo, a natureza, a mediação adulta e a narrativa. Investigam-se os processos infantis de criação de hipóteses diante dos fenômenos do mundo, destacando o papel que neles desempenham a curiosidade e a partilha narrativa. Examinam-se aspectos da vida imaginativa infantil, especialmente em contextos pedagógicos, explorando possibilidades de ação educativa - com ênfase para a narração oral - que integrem diferentes áreas do conhecimento de forma não dualista e que promovam a abertura de caminhos para a descoberta.
Este artigo discute a inclusão digital na perspectiva da educação e da cultura, com destaque para as formas como a questão se apresenta no Brasil, mas entendendo que elas não são exclusivas desse contexto. Diante dos complexos desafios à inclusão digital no contexto da globalização, o artigo enfatiza a importância de que as crianças e os jovens possam se apropriar de forma significativa das novas tecnologias e linguagens, numa perspectiva de que a inclusão significa muito mais do que o acesso às tecnologias, configurando-se em uma das frentes de luta contra a desigualdade. As autoras propõem que o enfrentamento da barreira digital seja enriquecido com a valorização das mediações culturais. Nesse sentido, discutem as possibilidades de uma abordagem culturalista de mídia-educação para promover uma inclusão digial que seja experiência de cidadania, pertencimeto e participação crítica e criativa na cultura.
O artigo propõe três aproximações ao tema da autoria narrativa infantil, a partir de um conjunto de referências teórico-metodológicas e experiências de pesquisa, e voltando-se principalmente para a valorização da oralidade das crianças em contextos educativos. Entre os pressupostos do trabalho está a noção de que também pela voz de suas crianças as culturas falam. Uma primeira abordagem centra-se na relação entre autoria narrativa infantil e ludicidade, a partir principalmente da obra de Vivian Gussin Paley. O segundo foco é a relação entre autoria narrativa infantil e compartilhamento cultural, discutida a partir da metodologia de criação de performances narrativas em escolas públicas desenvolvida pela Companhia PingChong de Nova York. O terceiro foco são as dimensões estético-poéticas da autoria narrativa infantil, a partir do trabalho de oficinas de criação de histórias de Lucy Calkins. A conclusão destaca a importância de que a educação escolar abra-se mais plena e criteriosamente à narração oral das crianças, pelo valor formativo e cultural dessa prática.
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