1Cabe ao ramo da Geologia Estrutural trabalhar os fundamentos, métodos e técnicas para reconhecimento e análise das feições estruturais primárias e secundárias encontradas na crosta terrestre, buscando caracterizar, em diversas escalas, o arranjo geométrico, os movimentos e os esforços responsáveis pelo deslocamento e deformação das massas rochosas (Miguel et al., 2018;Miguel, 2018). Uma vez que os primeiros passos para o estudo da Geologia Estrutural são largamente geométricos (Ragan, 2009), a projeção estereográfica constitui um método poderoso para resolver problemas geométricos, na medida em que permite manipular e interpretar dados tridimensionais em uma superfície bidimensional. O recurso é extremamente útil, pois problemas de orientação são muito comuns na Geologia Estrutural (Waldron, 2009). Os diagramas estereográficos preservam apenas a orientação de linhas e planos, ao contrário de outras técnicas baseadas em mapas que envolvem, por exemplo, a elaboração de curvas de contorno estrutural. Terrae Did atic aIntrodução O estudo da Geologia exige um conjunto de habilidades de pensamento e investigação que não estão comumente presentes em outras ciências. O raciocínio geológico tem duas características, uma hermenêutica (interpretativa) e outra histórica (vinculação formal ou informal a uma cronologia); em outros termos, é uma ciência sintética, na qual o geólogo faz uso de raciocínio por analogia, formulação de hipóteses e indução eliminatória, além do uso de métodos laboratoriais (Frodeman, 1996;2010). Raciocinar geologicamente é uma operação complexa e aplicável às incertezas; assim, os geólogos são forçados a formular interpretações e suposições, porque raramente têm acesso a todos os dados necessários para tomar decisões (Frodeman, 1996;2010). Independentemente da escala de trabalho, pensar geologicamente implica a capacidade de inferir os significados de padrões observados nas rochas, relevantes para a reconstituição da história geológica de uma determinada região (Chadwick, 1978;Kastens et al., 2014). ARTIGOAbstract: Developing the ability to give meaning and to characterize the geometric arrangement of rock structures is difficult for Geology students. When it is necessary to interpret movements and displacements, the barrier becomes even greater. The three-dimensional nature of geological structures stimulates the predominance of visual reasoning among geologists, along with the integration/association of various types of data. A challenge for Structural Geology teachers to create practical activities that facilitate and make learning more attractive was met by using stereographic projection. This work applies the Bloom taxonomy as a teaching-learning tool, from the perspective that the categories can facilitate the achievement of discipline objectives and clarify the practical activities, as well as contribute towards planning of contents, tasks and evaluation. Seeking to cope with students' difficulties, the authors developed and proposed categories in the three domains of Bloom's taxonomy for tea...
Studies and applied works of structural analysis depend on specialized softwares and resources for 3D modeling. This article presents the results of a research that aimed to evaluate the effectiveness of version 2.1 of the Ester stereographic projection system for Structural Geology. The evaluation of the software involved tests with structural data of different geological contexts, submitted to graphic treatment in packages such as Stereonet, Stereonet9, QuickPlot, Dips, OpenStereo and other softwares accessible at low cost. The study privileged the truly free (open) softwares. One advance was the inclusion of the Tangent Polar Diagram into the Ester package. The tool helps to differentiate, in folded regions, conical folds from cylindrical folds. In the comparative evaluation, it was observed that diagrams produced by Ester 2.1 are similar to those generated by other programs. The advantage relates to resources that are not available in the other softwares analyzed. It is concluded that, in addition to resources heretofore unavailable, the tests showed good functionality. The experience signals new directions in the search for educational alternatives for teaching-learning in Structural Geology.
Disciplinas de Geologia Introdutória dos cursos de Geologia e Geografia da Universidade Estadual de Campinas buscam proporcionar uma visão integrada dos processos naturais e sociais e relacionar Sistema Terra (saberes geológicos) com Sistema Mundo (saberes geográficos). O modelo, dinâmico e integrativo, concilia aulas expositivas com intensa carga de atividades práticas e trabalhos de campo, mas a pandemia de Covid-19 impediu o acesso dos estudantes às salas de aula, laboratórios e campo. O artigo descreve uma abordagem prática, realizada com estudantes ingressantes desses cursos, das taxonomias de Bloom e Structure of Observed Learning Outcomes (SOLO). Os docentes concentraram- -se no desenvolvimento da cognição dos discentes, levando em conta as habilidades adquiridas, comportamentos e atitudes. Ao se definir com rigor os objetivos didáticos e as avaliações formativas, pode-se obter estudantes motivados e engajados capazes de utilizar processos cognitivos no mais alto nível possível, independentemente da formação final, Geologia ou Geografia.
A proposta desse trabalho foi aprimorar o ensino do conteúdo de projeção estereográfica aplicado na disciplina de Modelagem Geológica de Reservatórios, no curso de Engenharia de Petróleo e Gás, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Devido à natureza tridimensional das estruturas geológicas, exige-se dos estudantes uma alta capacidade de visualização espacial para interpretação dos estratos rochosos. Neste contexto, a projeção estereográfica é uma técnica que permite a manipulação e interpretação destes dados em uma superfície bidimensional. Trabalhos recentes mostram que a combinação de técnicas manuais e computacionais ajudam a desenvolver habilidades de visualização tridimensional ao mesmo tempo que promove a aprendizagem significativa, já que a combinação de métodos tradicionais e tecnológicos podem criar um ambiente de aprendizagem motivador, investigativo e prazeroso.
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