A mesa redonda aqui resenhada tematiza o uso da língua na aquisição da linguagem. Cada convidado desenvolve sua apresentação enfatizando um aspecto sobre a criança e o uso da língua: Lourenço Chacon expõe sobre a relação entre práticas de oralidade e de letramento em dados não convencionais de escrita em uma abordagem discursiva; Marlete Sandra Diedrich explana sobre aquisição, fala e experiência de significação, a partir da perspectiva enunciativa benvenistiana; Gabriela Maria de Oliveira-Codinhoto apresenta sobre orações relativas e aquisição da escrita, sob a ótica funcionalista. Com suas análises, que convergem na demonstração do funcionamento e da sistematização da língua em produções linguísticas iniciais, cada um com sua singularidade, os pesquisadores mostram as potencialidades dos estudos sobre a relação da criança com a língua.
Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo da expressão “cidadão de bem” em dois enunciados diferentes, com base na semântica argumentativa. A busca do sentido e do valor argumentativo dessa expressão será feita com base nas considerações teóricas da Teoria da Argumentação na Língua, especialmente da terceira fase, a Teoria dos Blocos Semânticos, de Carel e Ducrot (2005). Para isso, o estudo analisa dois enunciados com a expressão “cidadão de bem”, um retirado de uma tirinha do personagem Armandinho e o outro de uma declaração do deputado Rogério Peninha Mendonça. Propõe-se um percurso metodológico para evidenciar os encadeamentos argumentativos e construir os blocos. Com base nos resultados encontrados, observa-se que o valor argumentativo encontrado em cada uso da expressão “cidadão de bem” possibilita diferentes construções de sentido e possibilidades argumentativas preexistentes na própria língua.
Este artigo apresenta uma ação do Grupo de Pesquisa em Processos de Interação em Discursos de Caráter Conversacional, envolvendo uma experiência de contato linguístico, por meio de práticas que visam garantir o direito à comunicação humana. O objetivo do trabalho é apresentar o projeto Ateliê de Conversação para imigrantes, o qual tem por finalidade promover, por meio da interação conversacional com alunos e professores do curso de Letras da Universidade de Passo Fundo/UPF, um tempo e um espaço de acolhida aos imigrantes vindos de diferentes países à cidade de Passo Fundo/RS. Vinculado às ações de extensão do Programa Ensino e Inovação, a proposta fundamenta-se teórica e metodologicamente em princípios da Teoria Dialógica do Discurso, do Círculo de Bakhtin (VOLÓCHINOV, 2017), segundo a qual a relação entre os indivíduos em sociedade e a expressão de cada um por meio de palavras é de natureza social e é um puro produto da interação social. Os encontros promovidos, inspirados nos Ateliers de Conversation franceses, têm obtido resultados relevantes, revelando duas frentes significativas do contato com a diversidade linguística: os brasileiros, falantes de português, vivem a experiência real de contato com falantes de diferentes línguas, na sua grande maioria, africanas e crioulas; os imigrantes, além de terem um contato mediado e praticarem o uso da língua portuguesa com o auxílio dos professores, também participam de diferentes vivências interacionais verdadeiramente significativas para todos os envolvidos, por meio da língua viva em interação, o que é condição para a vida digna em sociedade.
À luz de preceitos da semiótica discursiva, principalmente dos trabalhos de Fiorin (2005, 2009, 2012), Barros (1997) e Teixeira (2008, 2009), neste artigo realizamos a análise de três peças de publicidade social buscando explicitar como mecanismos de ordem verbal e visual se inter-relacionam de modo a atribuírem peso argumentativo aos textos. Mais especificamente, buscamos evidenciar o modo de articulação entre figuras e temas que, nestes textos, entrelaçam universos semânticos distintos e se configuram como estratégias enunciativas de persuasão do enunciatário.
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