Introdução: A expansão adiposa excessiva durante a obesidade causa disfunção adiposa e inflamação para aumentar os níveis sistêmicos de fatores pró-inflamatórios. O problema surge quando, em decorrência da obesidade sustentada, a resposta inflamatória não atinge seu objetivo e não se resolve, passando de uma reação local a um estado crônico sistêmico, o que pode desencadear prejuízos as funções cerebrais do indivíduo. Objetivo: explorar como o processo inflamatório corroborado pela obesidade poderia estar associado a anormalidades cerebrais, inclusive a demência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de agosto de 2021. Resultados e discussão: A obesidade induzida por dieta exacerba significativamente a neuropatologia semelhante à DA e piora o comprometimento cognitivo. Evidências mostram que uma dieta rica em gordura é um fator de risco para desenvolver neuropatia e polineuropatia autonômica, podendo ser devido à disfunção crônica secundária à obesidade e à inflamação devido ao acúmulo de macrófagos e aumento de citocinas pró-inflamatórias nos nervos periféricos, podendo ser visto uma redução do volume do hipocampo e a atrofia das regiões frontal, temporal e subcortical. Conclusão: este estudo não estabelece que a gordura extra ao redor da cintura seja a causa da demência, apenas sugere uma ligação entre essas duas características.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de mulheres diagnosticadas com sífilis gestacional em Minas Gerais e no Brasil entre os anos de 2014 e 2018. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo referente aos casos de sífilis em gestante notificados no site do Departamento de Informática do SUS. As variáveis coletadas foram os dados sociodemográficos, a distribuição geográfica dos casos, os testes treponêmicos e não treponêmicos e a classificação clínica. Os dados foram tabulados e tratados de forma quantitativa e submetidos à análise descritiva. Resultados: No Brasil foram notificados 220.941 casos de sífilis em gestantes entre os anos de 2014 e 2018, com 7,35% em Minas Gerais, apresentando alta na taxa de incidência. Em relação à faixa etária e à escolaridade, a maior frequência está em mulheres entre 20 e 39 anos, com 19,8 % apresentando da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental incompletas. Aumentou a realização de testes, principalmente na Região Sudeste, com Minas Gerais ocupando a terceira posição nacional, representando 5,35% dos testes treponêmicos reativos e 7,79% dos testes não treponêmicos reativos. A classificação clínica prevalente foi a sífilis primária em gestantes de 15 a 59 anos. Ocorreu um notável número de casos ignorado/branco nas variáveis analisadas, o que corresponde a uma elevada subnotificação quanto à sífilis gestacional. Conclusão: Os resultados apontam um aumento no número de casos de sífilis gestacional no Brasil e em Minas Gerais, evidenciando a necessidade do investimento na ampliação do acesso à informação em saúde para mulheres.
Introdução: Pesquisadores da Universidade de Rockefeller, em Nova York, encontraram em alguns doentes graves por Covid-19 um tipo de autoanticorpo que ataca outras células do sistema imunológico. Para os cientistas, isso seria um indício de que esses pacientes tinham autoanticorpos preexistentes à doença e que esse seria o motivo pelo qual desenvolveram a forma grave da Covid-19. Objetivo: Responder quais as evidências sobre a infecção por Sars-CoV-2 e desencadeamento de autoimunidade. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, que buscou responder quais as evidências sobre a infecção por Sars-CoV-2 e desencadeamento de autoimunidade. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de julho de 2021. Resultados: Acredita-se que o Covid-19 possua características clínicas semelhantes às doenças autoimunes, pois ambas compartilham grandes reações imunes da patogênese. Relatos de caso de pacientes que desenvolveram síndrome de Guillain-Barré, anemia hemolítica autoimune e lúpus eritematoso sistêmico foram expostos. Conclusão: O Sars-CoV-2 pode alterar a autotolerância e gerar respostas autoimunes através da reatividade cruzada com células hospedeiras. No entanto, ficará a cargo da comunidade científica investigar essa possibilidade mais a fundo para validar ou reprovar essa hipótese, haja vista a facilidade em detectar autoanticorpos, corroborando, dessa forma, a constatação de que eles, desencadeados ou não pela Covid-19, são realmente uma ameaça de alteração no sistema imunológico.
Introdução: apesar de o estudo da anatomia humana ser uma disciplina fundamental no curso de medicina, existem algumas dificuldades para aprender a mesma, e isso está relacionado com a escassez de cadáveres, peças anatômicas inadequadas, falta de atenção e de motivação por parte dos alunos, pouca familiaridade do estudante com as terminologias anatômicas e carência de uso de tecnologias e metodologias ativas no ensino. Objetivo: discorrer acerca dos principais desafios do ensino de Anatomia Humana em faculdades de medicina. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa de literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso nas bases de dados National Library of Medicine, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. Resultados e discussão: dentre os principais desafios, destacam-se os impecilhos causados por burocracias relacionadas à disponibilidade de cadáveres, ao investimento em tecnologias relativo ao alto custo, bem como a dificuldade em memorizar a grande quantidade de nomes atípicos por parte dos alunos, somados a passiva metodologia aplicada pela maioria das faculdades, com uma reduzida carga horária específica para o estudo da anatomia. Considerações finais: faz-se necessária a adequação da expressiva parcela dos cursos de medicina que ainda não atualizaram a metodologia de ensino, para uma que incentive a busca ativa associada aos estudos da anatomia do corpo humano, associada a prática clínica, aumentado, portanto, a carga horária dessa disciplina, para assim atrair o interesse dos estudantes de uma maneira mais resolutiva, diante das oportunidades viáveis disponíveis atualmente.
Introdução: existem relatos de uma manifestação secundária à infecção e atuação viral no organismo: distúrbios do olfato e, consequentemente, do paladar, e que estão presentes antes mesmo da confirmação molecular da infecção causada por SARS-CoV-2. Objetivo: responder quais são os mecanismos de disfunções olfatórias decorrentes da Covid-19, bem como fatores de risco e possíveis intervenções. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de agosto de 2021. Resultados: Os mecanismos dos distúrbios olfatórios relacionados à infecção por SARS-CoV-2 ainda são desconhecidos, mas é provavelmente o resultado de vários padrões, como edema da mucosa nasal, dano epitelial olfatório e até mesmo envolvimento da região central vias olfativas. Foi demonstrado que a expressão de enzima conversora de angiotensina (ACE2) foi encontrada na camada basal do epitélio escamoso não queratinizante na mucosa nasal e oral e na nasofaringe. Conclusão: Podem ocorrer distúrbios olfativo-gustativos em intensidades variáveis e prévios aos sintomas gerais da Covid-19, devem ser considerados como parte dos sintomas da doença, mesmo em quadros leves. Não há ainda evidências científicas de tratamentos específicos para tais distúrbios na Covid-19, sendo de importância que estudos posteriores consigam, por meio de empirismo clínico, melhor propedêutica para esses casos, principalmente aqueles que manifestam-se como sequela duradoura da infecção por SARS-CoV-2.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.