Apresentamos neste artigo resultados parciais de uma pesquisa, do tipo análise documental, que versa sobre narrativas no âmbito da formação de Pedagogas e das pesquisas nesta mesma área. Consideramos 16 obras produzidas entre os anos de 2006 e 2014, sendo 12 dissertações e quatro teses, todas disponíveis da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. No processo de pesquisa, ao ler autores que destinam suas obras às narrativas, assim como as obras objeto de análise, surgiram interrogações e constatações sobre o tema que nos levaram à necessidade de elaboração de uma categorização das narrativas como meio de melhor visualizarmos seus distintos usos. Em paralelo, também concebemos um levantamento parcial das nomenclaturas utilizadas no tratamento às narrativas e seus usos. Estas duas elaborações, a categorização e a listagem das narrativas, possibilitou-nos uma visão mais ordenada das narrativas e seus usos, que, por sua vez, facilitou o andamento de nossa pesquisa. Compartilhamos estes resultados com o intuito de contribuir às pesquisas e práticas pedagógicas que se utilizam de narrativas.
O presente artigo traz considerações relacionadas a uma investigação realizada a partir da configuração de um grupo colaborativo que se reuniu durante um semestre para a discussão de aspectos relacionados ao ensino de matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Dele participaram a pesquisadora e duas professoras recém-egressas do curso de Pedagogia. Durante dez encontros e a partir da escrita e socialização de narrativas, foram discutidas e analisadas as práticas das professoras em seus primeiros anos de atuação após o término do curso. Verificou-se que o trabalho solitário e a falta de interlocutores no interior da escola, são empecilhos para que os aspectos estudados na Pedagogia estejam presentes nas ações docentes. A possibilidade de participação em grupo colaborativo fortalece as concepções das professoras relacionadas a como se ensina e a como o aluno aprende matemática, ampliando o repertório de práticas favorecendo o professor a sentir-se seguro em suas ações.Palavras-chave: Formação de Professores; Ensino aprendizagem de matemática; Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
O artigo analisa três pesquisas que tinham em comum a formação de professores de Matemática a partir do uso de narrativas. A primeira aconteceu durante a formação inicial das professoras no curso de Pedagogia; a segunda, durante os primeiros anos de docência após a conclusão da graduação; a terceira diz respeito a uma formação em serviço com professoras de vários anos de profissão. Nas duas primeiras pesquisas, a escrita de narrativas ocorreu ao longo de todo o processo de formação inicial e em serviço, sendo indicadas pelas professoras participantes as vantagens na utilização das narrativas. Na terceira investigação, não ocorreu a adesão das professoras ao processo de reflexão de práticas a partir das narrativas, gerando um questionamento sobre como construir esta adesão e constituir um grupo, de fato, colaborativo num trabalho de formação em serviço. As propostas serão analisadas, buscando identificar fatores que contribuíram para a adesão das professoras e fatores que implicaram a não adesão.
Este artigo analisa investigações que tomaram por foco os números e as operações aritméticas em ações voltadas para a formação continuada de professores da Educação Infantil e anos iniciais. Entre as setenta investigações desenvolvidas no período de 2001 a 2012 com professores desses níveis, foi observada a incidência de dezesseis com foco nessa temática. As análises indicam que, embora os números se constituam no principal assunto desenvolvido com as crianças na etapa escolar inicial – apenas quatro com professores da Educação Infantil e doze com os anos iniciais –, os investigadores encontraram poucos avanços relacionados às posturas pedagógicas no trato de tal conteúdo. Foram observadas também as estratégias de repetição de modelos, o que pouco tem contribuído para a compreensão do sistema numérico e sua utilização nos contextos escolares e não escolares. Estratégias envolvendo o cálculo mental e a calculadora ainda têm inserção tímida nas salas de aula. Uma feliz constatação é a de que os trabalhos em colaboração têm apresentado bons resultados, embora ainda não sejam muito empregados.
A presente pesquisa buscou investigar como livros didáticos de Matemática e Ciências dos 4º e 5º anos doEnsino Fundamental abordam a interdisciplinaridade entre essas duas disciplinas. Teve por objetivoidentificar se e como são tratadas propostas interdisciplinares que se fazem presentes no conteúdo dessematerial. Apresentamos aspectos teóricos que tratam o conceito de interdisciplinaridade e a reflexãorelacionada à importância do livro didático como suporte de ensino na sala de aula, dentro de umaperspectiva que compreende o aluno que aprende por meio do livro didático, como um ser integrado pordiferentes dimensões que perpassam sua natureza histórica e cultural. A metodologia utilizada foi a daanálise documental das obras selecionadas, ou seja, quatro livros didáticos de Matemática e Ciências, do4º e 5º ano do Ensino Fundamental – duas coleções de cada disciplina –, tendo por embasamento teóricoestudos referentes à interdisciplinaridade, livro didático, ensino de Matemática e ensino de Ciências. Ainterdisciplinaridade é um termo ainda em construção, que merece maiores estudos. Há barreirasparadigmáticas que fazem com que o ensino escolar persista em um modelo disciplinar rigoroso,fragmentado e descontextualizado. Por resultados indicamos que recursos de ensino como o livro didáticopodem tanto favorecer com um rompimento para com esse modelo, quanto firmar a rigidez disciplinar.Nossas análises dos livros didáticos, aqueles mais distribuídos no ano de 2016 a nível nacional,evidenciaram ainda uma frágil ação em relação ao tratamento interdisciplinar nas disciplinas deMatemática e Ciências, tanto nas coleções de um quanto de outro conteúdo.
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