2020
DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p168-186
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Comunismo e gênero no escola sem partido: notas para não sucumbir a uma pedagogia fascista

Abstract: Resumo: Objetiva-se traçar uma genealogia do Movimento Escola sem Partido quanto à elaboração de discursividades que vinculam os Estudos de Gênero aos ideários Comunistas. Via pesquisa e análise documental dos estatutos de Projetos de Lei, de Notas técnicas, de Requerimentos de Informação e de algumas publicações em sites do Movimento, evidenciam-se os aparatos discursivos a impor uma visão de neutralidade nas escolas, combativa da doutrinação e dos processos de subversão moral provadas pelos debates d… Show more

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“…o jornalista e astrólogo Olavo de Carvalho, com forte poder de persuasão e geração de pânico moral na população(JUNQUEIRA, 2017;FURLAN; ao mobilizar uma concepção político-ideológica contrária ao pensamento crítico, às posições esquerdo-partidárias, aos alinhamentos teóricos socialistas, comunistas e feministas. Nagib não concebeu um movimento originalmente brasileiro, mas incorporou proposições de organizações norte-americanas, notadamente atuantes nas décadas de 1980 e 1990, com o intuito de levar a interferência privada e o controle dos conteúdos curriculares às escolas e universidades; dessas podemos citar: a "No Indocrination"responsável por fiscalizar a doutrinação nas escolas; a organização "Campus Watch"fiscalizadora das universidades; e o grupo cristão "Creation Studies Institute"defensores da Bíblia e do criacionismo (ESPINOSA;QUEIROZ, 2017;POLIZEL;MAIO, 2016).No ano de 2004, o MESP não teve reconhecimento por falta de apoio político.Todavia, ganhou volume com a fomentação do discurso conservador contrário à visibilidade dos direitos humanos e incentivador da política do Estado mínimo, ou seja, da diminuição da interferência dos Governos nas políticas públicas para a igualdade e a equidade social e na ordem econômica da nação.A partir desse alinhamento, a retórica conservadora do MESP foi paulatinamente avançando no bojo das manifestações populares de 2013, a exemplo, a movimentação pelo "Passe Livre", o "Vem para a Rua", o "Não vai ter copa" que culminaram em discursividades contrárias ao Governo Dilma Rousseff(2011)(2012)(2013)(2014)(2015)(2016) e ao Partido dos Trabalhadores (PT) (CARVALHO; POLIZEL; MAIO, 2016).…”
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“…o jornalista e astrólogo Olavo de Carvalho, com forte poder de persuasão e geração de pânico moral na população(JUNQUEIRA, 2017;FURLAN; ao mobilizar uma concepção político-ideológica contrária ao pensamento crítico, às posições esquerdo-partidárias, aos alinhamentos teóricos socialistas, comunistas e feministas. Nagib não concebeu um movimento originalmente brasileiro, mas incorporou proposições de organizações norte-americanas, notadamente atuantes nas décadas de 1980 e 1990, com o intuito de levar a interferência privada e o controle dos conteúdos curriculares às escolas e universidades; dessas podemos citar: a "No Indocrination"responsável por fiscalizar a doutrinação nas escolas; a organização "Campus Watch"fiscalizadora das universidades; e o grupo cristão "Creation Studies Institute"defensores da Bíblia e do criacionismo (ESPINOSA;QUEIROZ, 2017;POLIZEL;MAIO, 2016).No ano de 2004, o MESP não teve reconhecimento por falta de apoio político.Todavia, ganhou volume com a fomentação do discurso conservador contrário à visibilidade dos direitos humanos e incentivador da política do Estado mínimo, ou seja, da diminuição da interferência dos Governos nas políticas públicas para a igualdade e a equidade social e na ordem econômica da nação.A partir desse alinhamento, a retórica conservadora do MESP foi paulatinamente avançando no bojo das manifestações populares de 2013, a exemplo, a movimentação pelo "Passe Livre", o "Vem para a Rua", o "Não vai ter copa" que culminaram em discursividades contrárias ao Governo Dilma Rousseff(2011)(2012)(2013)(2014)(2015)(2016) e ao Partido dos Trabalhadores (PT) (CARVALHO; POLIZEL; MAIO, 2016).…”
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