É dia de fazer feira na Universidade: análise do perfil do consumidor da Polifeira

Abstract

Este artigo tem como objetivo avaliar o perfil do consumidor da feira livre denominada Polifeira do Agricultor que ocorre no âmbito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A pesquisa de caráter exploratório-descritivo foi pautada em análises estatísticas com resultados quantitativos, advindos de 105 questionários estruturados aplicados com os consumidores da feira, em outubro de 2017. Como resultado observou-se, quanto ao perfil dos consumidores um número significativo de jovens (31%), público que comumente não frequenta feiras livres. As respostas quanto à satisfação média dos consumidores, independentemente do tipo de vínculo com a UFSM, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação às características de infraestrutura da feira. Em relação à satisfação dos consumidores, a partir de quinze quesitos avaliados verificou-se que a feira corresponde às expectativas dos consumidores. O maior grau de satisfação se dá pela localização, atendimento, frescor dos produtos e confiança. O menor grau de satisfação foi atribuído à baixa variedade de produtos, seguida da restrita disponibilidade de lixeiras. Quanto à relação entre o hábito alimentar e o grau de satisfação dos consumidores verificou-se que não há diferença estatisticamente significativa entre a satisfação média dos consumidores onívoros, vegetarianos e veganos. Apenas a avaliação da utilização de touca e avental mostrou-se estatisticamente diferente entre os tipos.

O perfil do consumidor de um mercado de varejo da Agricultura Familiar

“…Comparativamente, conforme dados disponibilizados pelo IBGE através do Cadastro Central de Empresas em 2019, o salário médio mensal dos trabalhadores formais da cidade de Santa Maria foi de 3,1 salários mínimos (IBGE, 2021). Deste modo, pode-se observar um poder aquisitivo mais elevado dos consumidores, embora seja semelhante com estudos como Escouto (2017), Schubert e Schneider ( 2016), e Claudino et al, (2020).…”

Agricultura familiar e desenvolvimento sustentável: uma caracterização da feira do produtor rural do município de Marechal Cândido Rondon – Paraná, Brasil

“…De acordo com Lima e Fontana (2019), os jovens têm procurado adquirir produtos diretamente do produtor, além de utilizar a feira como local para lanchar. Embora a maioria dos jovens não possua o hábito de comprar em feiras, esse aumento observado é tido como satisfatório, uma vez que isso possa vir a criar valores que irão fidelizar esses consumidores por muito tempo (Specht et al, 2019).…”

Circuitos curtos de comercialização e novos usos do território: considerações sobre o PNAE e as feiras livres

“…As rotinas atarefadas, a falta de tempo para tudo justifica o não se alimentar de maneira saudável, com alimentos preparados na hora, assim como se manter agricultor que produz em pequena escala alimentos que vão à mesa na turbulência do cotidiano, no qual grandes empresas e o sistema que conduz as produções são de monopólios, tornam-se desafios e instigam os envolvidos. Specht et al (2018) corroboram que as feiras livres têm se mostrado como um canal diferenciado de comercialização para abastecimento de alimentos. Além da sua função econômica de agregar renda ao produtor encurtando a cadeia produtiva, mostra-se como um espaço de socialização diferenciado, incorporando no cotidiano a diversidade regional e as tipicidades do espaço onde funciona.…”