O texto discute as estatísticas oficiais referentes ao atendimento na Educação Infantil no Brasil, a partir da perspectiva que considera a infância como categoria estrutural necessária para a compreensão da dinâmica social e a criança como sujeito e protagonista na construção de seu próprio processo de desenvolvimento. A análise mostra a evolução do atendimento no que diz respeito ao aumento da oferta e do acesso, ainda permanecendo graves desigualdades quando considerado a comparação do atendimento nas creches e pré-escolas, zona rural e urbana e renda familiar. Quanto à qualidade do atendimento, a situação ainda é bastante insatisfatória, especialmente, quando se trata das instituições públicas que atendem às crianças de classes sociais menos favorecidas
A produção acadêmica sobre os bebês em creches nas pesquisas científicas remete a uma diversidade de campos semânticos com diferentes epistemologias, questões teóricas e metodológicas que organizam e fragmentam o conhecimento. O trabalho pedagógico em creches ainda carece de diálogo com essa produção acadêmica. O presente estudo discute a produção bibliográfica em artigos de periódicos que abordem questões sobre os bebês nas creches. Foram realizadas buscas utilizando a combinação dos descritores bebê ou bebês e creche, berçário ou educação infantil, em duas bases de dados: SCIELO e PePSIC, que identificaram 51 artigos entre 2007 e 2018. A produção se concentrou nos últimos cinco anos. As questões do desenvolvimento infantil são as mais abordadas nos estudos, seguidas da temática da interação. Quase todos os artigos relatam pesquisa de campo ou apresentam resultados de pesquisas de intervenção. Como conclusão, ressalta-se a necessidade de partir do bebê e da creche enquanto categorias próprias na discussão dos resultados dos estudos analisados e suas implicações para as políticas e práticas na Educação Infantil.
O debate das avaliações padronizadas tornou-se uma agenda global imposta pelas organizações multilaterais. Essas provas, no contexto do neoliberal, impõem o empobrecimento do currículo e ainda o forte controle do trabalho docente. Por outro lado, também causa resistência por parte dos movimentos sociais. Este artigo aborda esse processo de disputas por hegemonia no contexto da Educação Infantil no Brasil (nos últimos anos). A pesquisa analisa o protagonismo do Movimento Inter-Fóruns de Educação Infantil no Brasil (MIEIB) no contexto dos governos do Partido dos Trabalhadores (Lula e Dilma). Nesse período, o movimento teve uma relação de agonismo com a gestão federal que permitiu discutir sobre diferentes formas de avaliar da qualidade, a partir do discurso do direito à educação. Atualmente, esse diálogo democrático se acabou e a relação entre o movimento e o governo se tornou antagonista. E a gestão de Bolsonaro deseja impor as avaliações para educação infantil.
2 , Orcid: http://orcid.org/0000-0003-1606-7894 Flávia Mendes de Andrade e Peres³, Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3769-8110 Jacqueline Travassos de Queiroz 4 , Orcid: https://orcid.org/0000-0001- RESUMO. O texto tem como objetivo construir um diálogo interdisciplinar sobre concepções de infância, desenvolvimento infantil e educação, tendo como base as proposições da Psicologia do Desenvolvimento e da Sociologia da Infância para o estudo da criança. São apresentados eixos de aproximações e distanciamentos entre esses campos do conhecimento, a partir de um olhar epistemológico que revela interfaces e articulações entre eles. Os estudos da criança e da infância na contemporaneidade apontam para a necessidade de aprofundar a compreensão dos fenômenos, a partir de uma reflexão interdisciplinar sobre a constituição históricocultural do sujeito, as transformações ao longo do desenvolvimento e as implicações para a educação. Nesse contexto, apresenta-se um debate de natureza epistemológica com implicações na discussão sobre ética e outras relações metodológicas na pesquisa sobre/com crianças. A partir de uma reflexão crítica semelhante à encontrada nas ciências humanas sobre as relações entre poder e saber, que têm como aspecto central e constituinte a linguagem para a compreensão das dimensões humanas, reflete-se sobre a formulação de um novo quadro conceitual, teórico e metodológico para o debate e a pesquisa da infância na contemporaneidade.Palavras-chave: Infância; desenvolvimento; psicologia.ABSTRACT. The text aims to build an interdisciplinary dialogue on conceptions of childhood, child development and education based on the propositions of Developmental Psychology and Sociology of Childhood for the study of children. The study presents axes of approximations and distances between these fields of knowledge based on an epistemological view that reveals interfaces and articulations between these perspectives regarding conceptions, approaches and methodologies. The studies of children and childhood in the contemporary world point to the need to deepen the understanding of phenomena from an interdisciplinary reflection on the historical and cultural constitution of the subject, the transformations along the development and the implications for education. It is an epistemological debate with 1 Fundação Joaquim Nabuco -Recife-PE, Brasil. 2 Infância, psicologia e sociologiaPsicol. estud., v. 23, p. 1-13, e40193, 2018 implications in the discussion about ethics in research on/with children. The advances in this debate involve the same critical reflection of the human sciences on the relations of power and knowledge that have as central and constituent aspect the language for the understanding of human dimensions. At the end, there is a reflection on the formulation of a new conceptual, theoretical and methodological framework for the debate and research of childhood in the contemporary world. RESUMEN.En este texto se tiene como objetivo construir un diálogo interdisciplinario sobre concepciones de infancia, desarrollo...
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