Acompanhando mudanças na sociedade, a modalidade de ensino a distância surge reestruturando uma série de ações interacionais, o que também implica numa reconstrução identitária (HALL, 2004, CORACINI, 2003, 2005, CELANI E MAGALHÃES, 2002) do/a professor/a. Baseadas na perspectiva da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2002, 2006) e sob o viés da abordagem qualitativa de pesquisa (TRIVIÑOS, 1987, LÜDKE E ANDRÉ, 1986) e do estudo de caso (YIN, 2005), temos o objetivo de refletir interpretativamente sobre as identidades, através das atuações linguístico-discursivas dos/as docentes no gênero consígnia, no ambiente virtual Moodle na Educação a Distância. Observamos, com o estudo, que esse gênero, organizado com saudações e orientações, sinaliza para a construção de diferentes relações sociais entre docente-discentes e que essas diferenças revelam fragmentações identitárias próprias da busca de uma reavaliação ético-discursiva (SOUTO MAIOR, 2018) das práticas que o ambiente demanda para os/as profissionais.
Neste artigo, objetivamos problematizar a formação inicial de professores do curso de Letras como sujeitos responsivos em contexto de pesquisa, dentro da perspectiva do letramento, com base em análise das orientações adotadas por uma graduanda, em atividades de leitura e de escrita desenvolvidas com alunos do ensino fundamental. Para tal, utilizamos os conceitos bakhtinianos de dialogicidade e compreensão responsiva ativa, aliados ao conceito de letramento. Isso por entendermos que a formação do professor de língua portuguesa, a partir da inserção do aluno em pesquisas que reflitam sobre sua prática pedagógica, possibilita a ele promover uma prática de ensino com um enfoque em eventos de escrita e leitura vinculados às práticas sociais. Observamos que, a partir dos dados analisados, quando o professor assume a postura de agente de letramento, ele tem condições de responder ativamente às determinações da contemporaneidade.
Dentro de uma abordagem qualitativa de pesquisa, desenvolvemos uma pesquisa-ação numa turma de 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública do estado de Alagoas, com o objetivo de refletir sobre o trabalho com a leitura e produção de textos em sala de aula. Para isso, promovemos atividades que contribuíram para um trabalho significativo com a língua portuguesa, na perspectiva do letramento, considerando a importância das discussões sobre o envolvimento do/a estudante com o trabalho escolar; sua constituição de ethos nesse processo e a relação que poderíamos estabelecer entre saberes instituídos e saberes locais.
Avanços científicos e o progresso tecnológico recentes orientaram mudanças nas qualificações requeridas na formação técnica. Qualidades como gerenciar e prevenir riscos são requeridas deste novo profissional. Esse panorama chama a atenção para a relevância da formação do trabalhador, eixo do estudo aqui apresentado, cujo objetivo foi investigar representações sociais de “riscos no trabalho” por alunos do Curso Técnico de Segurança do Trabalho. A pesquisa se fundamentou na teoria moscoviciana das representações sociais. O estudo, de caráter quantitativo e qualitativo, foi realizado em uma instituição federal do Estado do Rio de Janeiro, na modalidade pós-médio e contou com a participação de 22 alunos. Foi aplicado um questionário de múltipla escolha com situações de “riscos no trabalho”. Buscou-se avaliar o nível de concordância e o nível de importância atribuídos a ações relacionadas a riscos no trabalho, utilizando-se uma escala de respostas do tipo Likert de 5 pontos. Esse material foi complementado por entrevista semidirigida, analisada com apoio da análise de conteúdo. A seguinte questão foi escolhida como recorte para esse trabalho e utilizou a técnica de “indução de metáforas”: “Se Risco no Trabalho pudesse ser uma outra coisa (um animal, um vegetal, um mineral...) o que seria? Por que?”. A pesquisa revelou conhecimento superficial e pouco teórico do “risco no trabalho”, como se os acidentes ocorressem por fatalidade. Aponta a relevância de se avançar em pesquisas sobre representações sociais nessa área de formação, valorizando-se os discursos e as práticas dos alunos.
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